domingo, 29 de outubro de 2017

Foodie Experience - uma experiência saudável!


Nunca tanto se ouviu falar em "alimentação saudável" como agora, especialmente quando os nossos sentidos são bombardeados com dezenas, para não dizer centenas de produtos classificados como junk food - alguns deles disfarçados de saudáveis... E não é que eu tenha alguma coisa a ver com isso, mas confesso que me causa alguma impressão quando, na fila do supermercado, começo a reparar nos carrinhos à frente ou atrás de mim: pizzas, lasanha, salsichas, refeições congeladas, sopas de pacote, bolachas e mais bolachas, sumos, refrigerantes...ahhh e daqueles "cubos mágicos" que trazem tudo para temperar. Eu sei que desenrasca uma situação de crise, mas quem enche os carrinhos com estas coisas não é com certeza para uma situação de crise.

As pessoas ainda precisam de ser educadas, é verdade. Comer mais frutas, vegetais, carne e peixe tudo de uma forma equilibrada. Por isso, é de louvar a iniciativa que o Aqua Portimão teve na semana passada, o Foodie Experience, que teve acima de tudo uma função pedagógica. Ao longo de 4 dias, várias foram as convidadas que tiveram a responsabilidade de partilhar o melhor que sabem sobre isto da alimentação saudável baseado, sobretudo, na sua experiência. A cada espectador coube a tarefa de tirar o maior partido possível destes momentos.


Obviamente que a esta função didáctica estiveram associados momentos de lazer e alguma diversão e ninguém saiu de lá a perder. Tiveram, todos a oportunidade de provar alguns sumos feitos na hora e snacks de frutas e cereais, também eles confeccionados à vista de quem lá estava. Para quem não tem medo da balança, houve uma nutricionista a avaliar a condição física de quem quisesse e a quem eram dados conselhos sobre o que deve ou não se deve comer.


Eu tive o prazer de ser convidada para estar presente no sábado onde a estrela do dia foi a actriz Rita Pereira, que ainda tentou partilhar com quem assistia alguns dos hábitos alimentares que pratica. Infelizmente não foi tão bem sucedida como o previsto, pois a multidão - provavelmente a tal que precisa ser educada - estava mais interessada nos beijinhos, nas fotos e nos autógrafos. Foi pena, pois tenho a certeza que haveria algo mais interessante para ouvir.


Certamente vim mais rica desta tarde bem passada, pois é sempre um prazer encontrar outras bloggers* - umas que já conheço e outras passo a conhecer - com quem partilhar experiências, dicas e claro...fotografias. 

Obrigada, Aqua Portimão, pelo convite. Foi um prazer, uma vez mais!💗


Créditos das imagens:
1, 2, 5, 6, 7, 8 e 9 - Aqua Portimão
10 e 11 - Janine Medeira

* As bloggers: Beatriz, Joana, Janine, Inês, Cristiana e Samanta

Pano p'ra Mangas

domingo, 22 de outubro de 2017

Este não é um post sobre lingerie!


Porquê?
Porque este é um post sobre estarmos bem connosco próprios, com o que trazemos dentro e por dentro de nós.

Acho que já contei aqui esta história, mas não sei onde nem quando, por isso volto a repeti-la. Há uns anos, numa conversa meio casual, meio séria com uma amiga de infância da minha mãe, a quem trato por tia - não na acepção da Tia(zorra), mas de alguém que considero como tal e que, na verdade é a única que pessoa que na minha vida representa esse papel - dizia-me ela: “Margarida, é importante que todos os dias vistamos a nossa melhor e mais bonita lingerie, pois isso vai-se reflectir naquilo que transparecemos ao mundo!"

Todos os dias me lembro disto: o que é bonito por dentro, vê-se por fora!

E é verdade! Quem se sente bem com umas cuecas apertadas ou com um soutien cujas alças estejam sempre a escorregar? Ninguém! O mesmo se passa com o que vai cá dentro : a tristeza, o rancor, a raiva, os sentimentos que nos apertam a guelra ou fazem explodir torpedos, ... para quê?

Se esses sentimentos são por alguém, mais vale cortar o mal pela raiz, que é como quem diz: deitar as cuecas apertadas no lixo, pois se as despimos e pomos para lavar, inevitavelmente virão novamente parar à gaveta da roupa lavada. O que nos causa incómodo deve ser resolvido, depressa - de preferência, mas sem precipitação, pois esta é a maior e melhor aliada de um tiro no pé. Não é fácil, mas não é impossível.

Se esses sentimentos são para connosco próprios, então o caso pode ser mais desafiante e demorado, é que é mais complicado resolvermos o nosso relacionamento connosco próprios do que com os outros. Aqui não dá para colocar as cuecas no lixo... Parar para pensar. Falar com quem está próximo. Consultar alguém que nos possa ajudar. Entrar em acção. Dar passos que sejam à medida das pernas. Seguros. Pouco a pouco todos os problemas podem ser resolvidos. E por cada vitória conquistada, um prémio para que a vitória não caia no esquecimento (lembram-se do meu prémio por ter atingido a meta dos menos 14kg?).

(De repente até parece que estou a escrever num qualquer código: cuecas apertadas, sentimentos negativos e agora um tiro no pé??? OMG, Margarida não bebes mais nada...)

Por isso, amanhã de manhã - e em todas as manhãs que se seguirem - vistam a vossa melhor lingerie e saiam à rua de sorriso no rosto e de bem com a vida. Se todos fizermos isto, os dias correm muito melhor.

E porque este post começou com um par de cuecas apertados e um soutien de alças escorregadias, por que não terminar com lingerie bonita - daquela que é só para nós, porque sim, porque nos merecemos!



Toda a colecção My Intimate Cantê - liiinnddaaa de morrer - aqui (confesso que só conhecia os fatos de banho e biquinis deata marca, mas há dias descobri a lingerie no Instagram e fiquei apaixonada)








Pano p'ra Mangas

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Favourite shops: Retratos d'Aldeia


Em Lisboa, as lojas a granel já não são novidade, mas aqui pelo Sul - onde tudo leva cerca de dois anos a chegar (é bom que acreditem em mim, porque é verdade! sinceramente não compreendo este fenómeno...) - depois do fecho das mercearias mais tradicionais deixou de ser possível adquirir certas coisas a peso (sim, no Mercado Municipal e nos mercados semanais isso é possível, mas apenas há os tradicionais leguminosas e pouco mais), até que no Verão abriu a Retratos d'Aldeia.

Desde a abertura que lá queria ir, mas um dia por isto e outro por aquilo e ainda não tinha acontecido. Até à semana passada, em que arranjei um buraquinho no meu horário e fui lá, até porque não é muito longe de onde estou a maior parte do tempo e posso ir a pé.


Fiquei encantanda mesmo antes de entrar. Porquê? Porque na montra está uma ardósia que diz "tem avonde", o que em "algarviês", quer dizer "tem bastante" ou " é suficiente", e esta é uma expressão que normalmente só oiço em casa - o meu avô usava-a imenso e o meu pai também a diz. Acreditem que me aqueceu o coração ver aquilo ali. 💗


Entrei. Percorri as caixas acrílicas que contêm os produtos a granel: nozes, amendoas, tâmaras, sementes sem fim, farinhas com e sem glúten, beterraba em pó (este foi o produto que mais me surpreendeu!), açúcares, aveia, arroz, leguminosas, ... um sem fim de coisas boas, muitas delas de origem biológica devidamente certificadas e identificadas. Depois há os chás, também a peso. E ainda outras delícias como iogurtes vegan, pães caseiros variados, barritas energéticas, manteigas de amendoa e amendoim. Tudo com um ar tão fresco e delicioso que apetece trazer, só porque sim.

E entre uma bancada e outra fui conversando com a muito simpática Sara, a mentora deste projecto fantástico e a quem desejo todo o sucesso do mundo.


Durante a nossa conversa, fiquei também a saber que aqui podemos encomendar os cabazes de produtos hortícolas e frutas biológicas Pé de Salsa (as encomendas são feitas até segunda-feira e as entregas são à quarta-feira). Ainda não os experimentei, mas já soube de fonte segura - alguém que não tem nada a ver com a mercearia - que todo o recheio dos cabazes é de excelente qualidade.


No meio de tudo isto consegui comprar apenas aquilo que levava em mente - e não foi fácil!: amendoa para fazer em casa manteiga de amêndoa. Cheguei a casa, pus a Bimby a trabalhar e eis que em minutos tinha uma deliciosa manteiga de amêndoa feita pronta a consumir.


Para a manteiga de amêndoa:

250g de amendoa com pele
1 c. de chá de óleo de côco.

Colocar a amêndoa no copo da Bimby e pulverizar. Com a espátula, fazer descer o miolo colado às paredes do copo e continuar a moer até ficar uma pasta. Adicionar o óleo de côco e moer durante uns segundos. (Não sei velocidades nem tempos porque fui fazendo a olho, apenas parando a Bimby para verificar o estado e a consistência da pasta)

Pano p'ra Mangas

domingo, 8 de outubro de 2017

Entre um plié e um burpee


Ontem à noite, enquanto preparava as minhas pontas novas dei comigo a pensar que isto dos "entas" está a fazer-me mal à cabeça 😀. Porquê? Onde é que na vida eu me imaginaria , numa semana de sete dias - aqui não há novidade, pois por mais voltas que a Terra dê, ainda não houve tempo para fazer nascer mais um dia - eu faria exercício físico em cinco deles? Nunca foi assim. Nunca fui assim. Esta semana aconteceu esta espécie de loucura. E querem saber? Soube-me bem!

Durante o processo em que perdi muito peso, nunca pratiquei desporto, mas assim que a balança começou a estabilizar senti necessidade de o fazer. A balança estava estável, mas a massa muscular estava uma desgraça - ainda não está muito melhor, mas já se nota alguma coisa... - e foi isso que me fez dar o click.

O ballet veio como um prémio que dei a mim própria por ter atingido um objectivo. E que belo prémio! Era um sonho de menina... Vou duas vezes por semana - e até iria mais, se a minha disponibilidade fosse compatível com os horários. Na teoria cada aula tem uma hora, mas que se estende sempre para lá disso. É fácil? Não, não é! Obriga-me a posturas que nunca tive, a esticar-me até a um infinito que para mim termina antes do calcanhar... E o pior: coordenar cabeça, pés, pernas, braços, mãos, corpo sem pensar muito. Rio-me muitas vezes das figuras tristes que faço. Enraiveço-me outras tantas por não conseguir completar este ou aquele movimento. Fico furiosa quando não consigo fazer os exercícios nem à primeira, nem à segunda, nem à terceira. Combato isto tudo com uma pitada de humor.  Ahhh, mas depois consigo (não com a graciosidade com que eu gostaria) e é uma sensação tão boa! É a felicidade na ponta dos pés - literalmente. Só um amor maior e longe daqui me faria abdicar do ballet, e ficaria de coração partido💔 - com certeza!

Mais tarde comecei a fazer uns treinos. Uma vez por semana. Ao sábado à tarde. Lá ía eu levar uma sova do Ricardo 😀, mas os treinos chegaram ao fim. Passaram uns meses até que tivesse decidido a inscrever-me num ginásio. Não foi uma decisão fácil, pois sempre recusei a ideia: "Eu? Nunca me irão apanhar num ginásio!" - como diz o ditado: "pela boca morre o peixe". Depois de muito pesquisar e pesar todos os factores (preço, distância de casa, estacionamento, como seria em dias de chuva ou calor extremo, se tinha acompanhamento com PT, se tinha planos de treino, ...), no dia 13 de Maio (dia de milagres!!!) lá fui eu fazer a minha inscrição. Ir duas vezes por semana era o que tinha em mente, embora o plano me permitisse ir três. E são três! Três vezes por semana lá estou eu - com excepção de um ou outro dia. Ainda vou arrastada, confesso. Ainda não lhe tomei bem o gosto, pelo menos no trajecto que me leva de casa ao ginásio, porque depois de lá estar eu até gosto. Tenho fé que ainda vou gostar mesmo daquilo 😉 Dizem que "o que tem de ser tem muita força" e que "faz mais quem quer, do que quem pode", não é?

Ahhh, falta aqui falar dos objectivos. Afinal tenho de estar a fazer isto com alguma finalidade, não é?

O objectivo maior é sentir-me bem comigo própria e para isso preciso de ter um corpo menos mole - por muito cimento que comesse ele nunca endureceria! Quero ainda perder algum peso, ou pelo menos trocar as voltas à massa gorda e à massa muscular. Quero continuar a ter o prazer de experimentar (e comprar) roupa em lojas ditas "normais" sem ter de levar para o provador o número maior e/ou constatar que não caibo nele. Quero olhar para o espelho e conseguir dizer piropos ao meu reflexo. Quero (continuar a) ser feliz com esta parte de mim!

Nota: sobre a alimentação escreverei noutro dia, mas se me virem a comer um pastel de nata não me dêem um tiro, ok? Tudo tem de ter peso e medida e o equilibrio é fundamental.

Pano p'ra Mangas

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Book review: RE-USE


Há cerca de dois meses recebi em casa o segundo livro da autoria da Zélia Évora, RE-USE. Na altura fiz um video a falar do mesmo, mas a review não ficaria completa se não o pusesse à prova - só fazendo um dos projectos poderia falar bem - ou menos bem - do mesmo, certo?

O Verão foi passando e uns dias por falta de tempo, outros pelo excesso de calor e outros nem sei bem por que razões e não havia maneira de decidir o que fazer. O livro traz projectos diversos e que se encaixam em diversas áreas da nossa vida, mas eu tinha efectivamente de fazer algo a que desse uso - de que me serviria fazer umas calças de criança (Calças da Alice, pp.144-177) se não tenho a quem as vestir? ou uma saia de umas calças (De calças a saia, pp.38-40) se as poucas calças que tenho em bom estado me servem e as que estão estragadas estão gigantes? Também estava fora de questão ir comprar uma pela de roupa para a transformar, pois isso iria contra a filosofia praticada neste livro, que passa pelo "do velho se faz novo".

Assim, e por questões afectivas resolvi fazer um saco (Saco da Vânia, pp.79-83), pois foi a peça que a Zélia fez para a minha irmã a partir de um vestido e de umas calças que ela lhe enviou, mas como não tinha um vestido para cortar, acabei por misturar este saco com o Saco do Romeu (pp.118-120). Foi uma espécie de mix & match.

O primeiro quebra cabeças foi fazer o patchwork de retalhos de ganga (para o exterior) e de tecidos que sozinhos já não davam para fazer grande coisa (para o interior). A ganga já usada é um verdadeiro desafio, pois está gasta, esticada e é difícil cortar coisas direitinhas. De seguida tive de montar os dois paineis exteriores: li e reli as instruções, tentei entrar na cabeça da Zélia para imaginar como é que ela faria, pus e dispus retalhos e quando, finalmente, "alfinetei" tudo...máquina com eles!


Pensei em cada detalhe: bolsos, etiquetas, conjugação de cores e de tecidos - alguns não tinham nada a ver uns com os outros, mas no final o resultado foi WOW - modéstia à parte o saco ficou mesmo giro! Está maior do que o previsto, o que representa um perigo para a minha coluna, pois eu enfio tudo lá dentro!


Quanto ao livro, além dos 50 projectos de costura, traz ainda alguns moldes (à escala) e dicas úteis para cuidar da nossa roupa, tal como mencionei no vídeo. Além disto o que é giro neste tipo de projectos é que cada um é único e irrepetível, pois ninguém guarda em casa duas peças de roupa iguais para as reutilizar.

Para quem tem amigos ou familiares que gostem deste tipo de trabalhos, este livro faz um presente perfeito em qualquer ocasião (eu não vou falar no Natal, ok? que é só daqui a uns quantos meses...)

Pano p'ra Mangas
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