sábado, 3 de agosto de 2024
13 anos: sorte ou azar?
terça-feira, 1 de agosto de 2023
Aguarelas
Não sei há quanto tempo a minha caixa de aguarelas não via a luz do dia, ou melhor, a água e os pincéis. Há muito mais de um ano, pelo que me lembro, pois as últimas aguarelas foram pintadas antes de Julho do ano passado.
Como é que sei que foi antes de Julho do ano passado? Porque há uma vida antes disso e outra depois.
Mas nem tudo está perdido. As tintas não se estragam e hoje foi dia de lhes mostrar o papel.
Como é normal em mim, senti, primeiro, uma insegurança tremenda. Penso sempre que já não sou capaz, por isso procurei no Tik Tok - sim, eu sou fã desta rede!!! - por tutoriais de pinturas simples, que não me deixassem frustrada e com a sensação de derrota.
Encontrei a Andrea Nelson e literalmente, copiei os tutoriais ais simples que apareceram na sua página: uma fatia de melancia, um gelado e um botão de peónia. Pintei, cada uma delas, duas vezes.
Nos próximos dias espero conseguir continuar a treinar a pincelada e vou, de certeza, aventurar-me por outro tipo de desenhos.
O que acham destas?
sábado, 10 de junho de 2023
Não houve festa, mas houve bolo!
Combinámos a hora e o local.
Fiz meia dúzia de props a combinar com a Alameda e um bolo que estava delicioso. A ideia das flores de cartolina fui buscá-la ao Pinterest e o bolo é um simples bolo de iogurte com um pequeno twist.
A receita? Here it is:
- 150 g açúcar
- 3 ovos grandes
- 200 g farinha Branca de Neve (simplesmente porque há coisas das quais não abdico)
- 1 c. chá de fermento p/ bolos
- 120 g iogurte grego desnatado
- 80 g óleo
- 1 pitada de sal
- raspa de duas limas
- 1 c. de chá de cardamomo moído
- 50 g de miolo de pistácio ligeiramente moído
terça-feira, 6 de junho de 2023
O Pano p'ra Mangas atinge a maioridade!!!
O que dizer sobre esta provecta idade do Pano p'ra Mangas? Bolas, são muitos anos!!!!
Qual manta de retalhos, este blog é feito, essencialmente, de vivências. Todas boas. Algumas escondem lágrimas por baixo e muitas dores de crescimento.
O primeiro post foi publicado há, precisamente, dezoito anos. Como diz a minha irmã - partner in crime no blog e na vida - o Pano p'ra Mangas já pode tirar carta 😂 e eu acrescento: já vai para a universidade!
Em 2005 era estranho dizer-se que se tinha um blog. O que é isso?, perguntavam-nos. Para que serve? Isso é uma loja? E o que é preciso para ter um blog? Com maior ou menor paciência, explicávamos tudo tim-tim-por-tim-tim. Muitas vezes as pessoas encolhiam os ombros e olhavam para nós com um ar de "Coitadinhas..." 😂, porém foi a perseverança que nunca nos deixou que fossemos essas coitadinhas que não sabem o que fazem.
Durante alguns anos metíamos o bedelho em tudo o que era feira. Saíamos de Faro de madrugada e antes das dez da manhã já estávamos a montar a banca no Príncipe Real ou na Lx Factory. Não éramos coitadinhas, mas tínhamos uma grande dose de loucura! À noite regressávamos a Faro. Ganhávamos alguma coisa? Feitas as contas, não! Ganhámos amizades que duram até hoje, rimos muito, conversávamos com os clientes - com os novos e com os que voltavam a cada feira - e com quem quer que se aproximasse de nós. Os nossos bestsellers eram feitos de feltro: gatos, piratas e sereias. Quem se lembra?
Passado algum tempo a minha irmã foi para Lisboa e mais tarde eu fui para longe. Sem máquina de costura, agarrei-me ao tricot, ao crochet, às aguarelas e à coisas mais portáteis. Partilhei aqui as minhas vivências de Londres, as lojas que descobria, os parques, os pequenos cafés onde tudo era bonito e diferente. Nessa altura já era só eu que estava ao leme, porém a minha irmã mantinha-se a bordo.
Fazíamos "reuniões de direcção" nas quais decidíamos o que fazer a seguir. Era tão giro! Era sério!
Há dez anos regressei à vila. O choque foi gigante. Em Londres ou em Lisboa não tinha de me esforçar muito para, do nada, criar conteúdo giro, especialmente no que toca a fotografia. Faro é uma cidade pequena e culturalmente pouco interessante - lamento, mas é verdade! - onde o rolo da máquina se esgota ao fim de uma dúzia de fotografias, a não ser que fotografe todas as pedras da calçada, over and over again.
Tive de me agarrar com unhas e dentes a tudo o que era trabalho que me aparecia e foi nesse rebuliço de pasmaceira que recuperei o diploma abandonado pouco depois de ter saído da universidade. Limpei-lhe o pó e ao longo destes anos tenho-lhe puxado o brilho com esmero, dedicação e esforço. Os meus alunos dizem, muitas vezes, que eu sei coisas diferentes - e talvez saiba, uma vez que ao longo da minha vida profissional tive de aprender a tocar vários instrumentos. Digo isto com orgulho e um pouco de vaidade. Ainda não posso descansar à sombra da bananeira, pois a minha bananeira ainda está longe de alcançar. As adversidades mostraram-me que não há mal nenhum em ser-se ambicioso - desde que não se atropele ninguém, a ambição é legítima e é um combustível que está dentro de nós.
O trabalho ocupa, desde há uns anos, a maior parte do meu tempo e daí o abandono do blog e do atelier onde costumava dar largas à imaginação.
Destes dezoito anos recordo muitos momentos bons, como o dia em que tivemos uma equipa de reportagem da RTP a filmar a rubrica "o dia que mudou a minha vida", o dia em que fui ao programa da Julia Pinheiro falar de doces algarvios e o Cláudio Ramos entendeu que devíamos falar de Elvas, de sericaia e de ameixas, a viagem a Barcelona com a Fujifilm/ Instax MIni, as vezes em que nos abordavam na rua como sendo as manas do Pano p'ra Mangas,...
E apesar de estar mais afastada do blog - porque a facilidade de publicar nas redes sociais é muito maior - ainda aqui venho de vez em quando ver se está tudo em ordem. Neste momento colho os frutos do que fui aqui plantando. Longe das luzes, que o meu palco é outro, junto do que me faz feliz e realizada.
Se estás comigo há dezoito anos: PARABÉNS! que esta maioridade também é tua. Se estás comigo há menos tempo: PARABÉNS! que sem ti eu não estaria aqui.
Do fundo do coração, OBRIGADA! ❤️
quarta-feira, 10 de maio de 2023
A Grécia à mesa
Assim que li o post de Lucrécia sobre um restaurante grego que fica ali para os lados da Basílica da Estrela tive a certeza de que tinha de experimentar um dos pratos que ela lá provou.
Ora, Lisboa ainda fica a uns quilómetros de distância e não consigo por-me lá em minutos. O que fazer? Pesquisar pela receita, comprar os ingredientes, se possível e cozinhar. Foi o que fiz e não podia ter feito melhor escolha!
Como se chama o fruto da minha gula? Tem um nome quase impronunciável: "S-P-A-N-A-K-O-P-I-T-A".
Encontrei uma receita no site do Continente e pareceu-me tão simples que não procurei outra. Ainda que não seja a certa, é, certamente, muito saborosa. Saí para comprar queijo fetta, espinafres e massa filo. Os demais ingredientes tinha em casa. De regresso, meti as mãos na massa, acrescentei as nozes que não são mencionadas na receita e deixei para trás o molho de vinho branco com tomate seco - confesso que me esqueci e não me fez assim tanta falta.
O resultado é qualquer coisa dos deuses! Pode não ser o original, mas que é bom e serviu para me matar o desejo, serviu! O aspecto? Modéstia à parte não podia ser melhor.
Acompanhei com salada de tomate temperada com azeite e oregãos. Não sei se é o acompanhamento certo, mas não deixa de ser mediterrânico. Para a próxima junto umas azeitonas pretas à saladaA vizinha grega já não mora aqui, caso contrário tinha levado a minha spanakopita para que a avaliasse. Vou, de certeza, repetir este manjar e, numa próxima ida à capital, espero conseguir provar o prato que tanto deliciou Lucrécia.