segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Motivação


Pensei bastante antes de escrever este post e se o devia ou não fazer. No entanto, como tenho partilhado algumas fotos e imagens sobre a minha perda de peso no IG os meus dedos acabaram por deslizar no teclado. 
Eu sempre fui a gordinha da familia. Desde miúda - a minha mãe fazia-me vestidos largos para não se notar a barriguinha. A adolescência chegou, passaram os anos e tornei-me adulta, sem que tivesse mudado de registo. Ao longo dos anos tenho feito dietas, seguido regimes, consultado os mais diversos médicos - perdia meia dúzia de quilos, mas num instante os recuperava. Enquanto estive em Londres ganhei imenso peso e pouco antes de regressar adoptei uma dieta que, mais uma vez me fez perder peso, mas dadas as restrições rapidamente desisti e voltei a recuperar tudo. Depois disso mais duas tentativas - sempre frustradas - até que atingi o meu limite entre Agosto do ano passado e  Março deste ano. Como a roupa ía servindo "deixei andar", achava que estava igual... A moda das camisolas largas também não ajudou muito. E em cima disto tudo eu gosto de cozinhar. E gosto de comer! É verdade, para quê negar? Ahhh e tenho uma vida sedentária: passo muitas horas sentada e mexo-me pouco.
Em Abril fez-se o "click, senti que estava preparada para encarar um novo regime alimentar e dado o meu historial, pedi ajuda - é que eu preciso de um polícia que me visite de tempos em tempos com umas palavras de incentivo ou com uns grandes raspanetes.
Não vos vou dar a minha "receita", até porque pouco ou nada percebo de nutrição e...cada caso é um caso. Posso apenas dizer-vos que reduzi, sem eliminar, os hidratos de carbono, retirei os açúcares "óbvios" (bolos, sobremesas, bolachas e afins...), diminuí as doses às refeições, dupliquei as verduras e legumes e consumo muito mais líquidos do que até então - dou preferência a água e a chás variados que vou fazendo com o que tenho em casa (earl grey, canela e gengibre, lúcia lima, príncipe e afins...). Como apenas duas peças de fruta por dia e quase não consumo lacticínios (uma fatia de queijo ao pequeno almoço e por vezes queijo fresco, queijo creme ou ricotta).
Nas primeiras três semanas passei as passinhas do Algarve. Ai passei, pois! Até que o organismo se habituou e as mudanças foram acontecendo: a roupa foi ficando larga, comecei a sentir que tinha cintura e até o joelho direito (que me doía sempre) deixou de doer, consegui enfiar-me nuns calções sem ter a sensação que era um barril com pernas e as calças também já diminuiram um bocadinho.E desde então já se foram 10, quase 11 quilos. Ainda tenho um bocado de chão para andar, mas agora sei que não vou desistir.
Ahhh e a flacidez? Ahhh e o exercício físico? Sim, a flacidez existe, pois aos 40 a elasticidade não é a mesma que aos 20 e as coisas não voltam facilmente ao lugar. O exercício? Essa vai ser a minha próxima batalha, pois tenho músculo que precisa ser trabalhado. Faço algumas caminhadas e bicicleta, mas ainda não lhes tomei o gosto para os praticar com regularidade. 
Ingredientes para a conquista desta batalha que faz parte de uma guerra? Vontade e perseverança - tenho a certeza que sem estes dois não estaria a conseguir. É ter consciência dos impulsos que levam a por na boca a primeira coisa que aparece à frente. É ter consciência da "fome emocional". É conseguir dizer não ao gelado que vem para a mesa, é fugir do pacote de bolachas que se descobre no armário, é deixar o pão lá no sítio dele, é não ir petiscando durante a tarde... Custa? Custa, pois! Mas o retorno sabe tãoooo bem... 
Sinto-me melhor, mais jovem (eu disse "jovem", não disse "nova"), mais bonita e tenho a certeza que se os 40 foram bons, os 41 vão ser muito melhores!

Pano p'ra Mangas

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Wandering around: Viana do Castelo


A ida a Viana do Castelo não estava programada e logo coincidiu com as famosas Festas ou Romaria) da Senhora da Agonia - que sorte! Tenho pena que não tivesse sido no Domingo para poder assistir à procissão e ao fogo de artifício, mas tive o previlégio de ver de perto todo aquele colorido que me encantou - escusado será dizer que comprei um lenço, que me deu um jeitão pois o frio começou a apertar..
É contagiante a alegria e o sorriso daquelas gentes, o modo como vivem a festa, o gosto com que aprumam os trajes...enfim.
Acho melhor deixar as palavras para outra altura e partilhar as imagens que a lente da minha máquina captou. São muitas e podem ser cansativas mas vejam-nas até ao fim. Vale a pena!

Ahhh e os corações!!!! Os corações de filigrana que são de cair para o lado...


Pano p'ra Mangas

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Favourite places: Quinta da Mouta Cristoi


Nesta última visita ao Norte, mais propriamente ao Minho (isto é provocação para aqueles que dizem que vêm ao Algarve, como se o Algarve fosse ali uma aldeizinha onde "só há praia e betão" esquecendo-se que há cidades, vilas, aldeias e lugares numa extensão que vai de Vila Real de Santo António a Sagres...) fiquei alojada num daqueles lugares onde o tempo não existe, onde os relógios não precisam trabalhar e os dias são medidos pelo cantar do galo e pelas primeiras estrelas a brilhar no céu.
A Quinta da Mouta Cristoi é daqueles sitios de onde não apetece sair e sobre o qual podia dizer: "conseguia viver aqui por uns tempos" - imagino o aconchego nos dias de chuva intensa ou as tardes de sol no jardim. Este Turismo Rural dispõe de três tipos de alojamento, consoante o número de hóspedes - fiquei na casa principal, de tipologia V3 - e além de não faltar absolutamente nada, todos os detalhes são pensados ao pormenor - confesso que pensei passar em branco a primeira noite, porque estranho sempre a almofada, mas assim que caí na cama dormi que nem uma pedra!
Os jardins estão extremamente bem cuidados e sente-se que aquele não é só mais um negócio, é um negócio que é feito com alma, com coração, com muita dedicação...
Acabei por tirar menos fotos do que as que queria...ficam para uma próxima oportunidade.
Se quiserem saber mais sobre a Quinta da Mouta Cristoi podem consultar a página no Facebook ou no Booking.


No meio disto tudo fiquei com uma história para recordar. No dia em que saímos, ouço o dono da quinta dizer "Eu já sabia que estava cá uma rapariga algarvia que é blogger. Tenho uma prima que a segue no Instagram, viu uma foto e disse-me." Acreditem que esta coisa de ser "reconhecida" é muito estranha, mas engraçada em simultâneo :-)

Pano p'ra Mangas

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Bouquet

A minha vida é cheia de "primeiras vezes", umas programadas, outras não e ainda outras que me chegam em forma de "talvez venha a acontecer" - como é o caso deste ramo de noiva.
Como sabia que seria a mãe da noiva a fazê-lo e que iria ela mesma comprar as flores, antes de sair de casa e com a bagagem já arrumada no carro, fui ao atelier e coloquei no bolso os últimos metros da fita que me sobrou da coroa que fiz há tempos, pois como diz o ditado "quem vai para o mar, avia-se em terra", e lá fui eu de viagem até ao Minho.
Já no destino, quando ouvi algo do género "é só juntar as flores", pensei: "Eu vou fazer isto!". E assim foi. Revi mentalmente o trabalho da Sofia (nota: eu não me estou a comparar com ela, porque não há comparação possível!) e todas as indicações que ela nos deu na sua primeira Oficina Criativa Seek: retirei todas as folhas e espinhos, cortei os pés na diagonal,coloquei-as em água fresca e borrifei-as também com água fresca. Depois fui na meca de alguns verdes - que acabei por não usar - e preparei-os também. Fiz um primeiro ensaio e só pensava: "ai no que me fui meter! isto não fica redondo, os pés partem-se e ... não consigo." Mas tinha de conseguir. Já tinha assumido o compromisso.
No dia seguinte levantei-me cedo, peguei novamente nas flores e, pacientemente, fui colocando pé por pé da melhor forma que consegui. Entre retira umas e coloca outras, ajeita daqui e dali lá consegui algo aceitável. Prendi com a fita verde e só mais tarde coloquei a fita de cetim - que fui comprar na hora, tal como os alfinetes - e ficou pronto. Prova superada! Mas não me peçam para fazer isto mais vezes...caso contrário sofro um ataque cardíaco.

My life is full of "first time experiences" and this past weekend I dove into another one: I made my first bouquet. This was something I wasn't meant to make, but in the end the roses fell in my hands and I had to go for it. While I was going through the process I thought about one of the most inspiring people I know, and a good friend as well: Sofia from BrancoPrata. I'm not comparing myself to her - I'm just saying that I thought about her and about everything she has taught me. 
It wasn't easy to put the roses together in order to make them look (nearly) right, but in the end I was quite happy with the result and the bride loved it - that's the most important thing, right? I just hope I don't have to do this again, otherwise I'll drop dead!

Pano p'ra Mangas

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Sobre livros e revistas


Normalmente não abordo aqui assuntos que possam causar controvérsia, pois se por um lado sei que há por aí uns haters sempre com a arma apontada, por outro tenho consciência que toda a gente tem telhados de vidro, inclusivamente eu, mas hoje não posso ficar calada e o assunto que me traz aqui não é nada mais, nada menos que livros e revistas de crafts e lifestyle.
Podia começar com um ditado dizendo que a "galinha da vizinha é melhor que a minha", mas prefiro substituir a galinha por um ovo, tomando este como um produto da galinha - e que me perdoem as pobres das aves que não têm nada a ver com isto.
Se antigamente comprava muitas revistas, o tempo, o dinheiro e sobretudo a minha - como dizer - esquisitice fizeram com que abrandasse o ritmo para um quase "parado". A verdade é que sempre comprei revistas francesas, espanholas, italianas e algumas brasileiras, tudo porque não havia publicações portuguesas de crafts. Neste momento compro apenas a versão inglesa da Flow (que sai de 3 em 3 meses) e há dias encontrei por mero acaso e "veio agarrada às minhas mãos" a deliciosa revista  Mr Wonderful Ideas. Quanto às portuguesas, que actualmente enchem as bancas dos quiosques, não compro nem uma. E porquê?

1º - estando desde sempre habituada a revistas estrangeiras e tendo vivido no Reino Unido onde há imensas publicações maravilhosas (ok, também há algumas que não valem o papel que usam...), as que se fazem cá não me satisfazem
2º - olho para as publicações portuguesas e só me ocorre um "que horror!" e que abrange não só as peças lá publicadas (é sempre mais do mesmo), o styling das fotos que é de fugir, o papel, as fontes de escrita... - atenção, respeito quem goste, quem as produz e quem reproduz os trabalhos lá publicados: antes fazer alguma coisa do que não fazer nada
3º - soa-me tudo a dejá vu e tenho quase a certeza que se revirasse o Google encontraria lá cada um daqueles projectos ditos "originais"
4º - não me trazem nada de novo, nenhum valor acrescentado - n.a.d.a. Mil vezes o Pinterest onde a inspiração é de melhor qualidade e onde há moldes e tutoriais aos ponta-pés de download gratuito
5º - quanto aos livros de crafts portugueses - salvo duas ou três excepções - aplicam-se as mesmas regras. 

Enquanto vivi em Londres lembro-me de passar horas a fio na Waterstones de Picadilly, na secção de livros de crafts e ficar deliciada com cada um que tirava da prateleira: os projectos até podiam ser simples e enquadrar.se no tal "mais do mesmo", mas o papel, as fotografias, o modo como estavam escritos  - de uma forma simples e sem pretensiosismos - tornavam-nos apetecíveis e quase obrigatórios. Com as revistas acontecia o mesmo: vi crescer a Mollie Makes e nascer a The Simple Things, por exemplo, e mesmo quando não as comprava ficava maravilhada com a quantidade de informação que continham: links, lojas, marcas, técnicas, ...

E perante isto vou contar-vos algo  que nunca disse em público: quando regressei de Londres trouxe comigo um rascunho de um livro que sonhava publicar. Inspirada por tudo o que tinha absorvido no último ano e meio e dada a inexistência de algo semelhante no mercado nacional resolvi contactar mais que uma editora para apresentar o projecto. A resposta foi sempre a mesma: " ah, é interessante, mas não temos verba". Ok! Aceitável. Como se justifica, então, a posterior publicação de livros - aos magotes - de qualidade tão duvidosa? Provavelmente o meu nunca iria para a frente, pois com as minhas esquisitices, qualquer editora teria desistido. Digo eu. Sei lá... Ou então teria de me redimir às exigências da editora e o produto final não teria nada a ver com o que eu idealizara e seria algo bizarro - com o bónus de vir num saco de organza  brilhante atado com uma fita de seda

Não sei se algum dos leitores do Pano p'ra Mangas está ligado ao mundo editorial - quer de revistas, quer de livros, mas se sim deixo no ar as seguintes questões:
- Porque é que as nossas publicações são tão pobrezinhas comparadas com muito do que se faz no resto da Europa?
- Não há verbas? Para fazer algo melhor é preciso mais dinheiro? E se em vez de publicarem dez revistas iguais, publicassem uma de boa qualidade - que desse prazer comprar, folhear até à exaustão, dormir com ela debaixo da almofada...
- Não há vontade? Porquê? De uma coisa eu tenho a certeza que Portugal de lés a lés não carece: gente talentosa, gente criativa, bons ilustradores, bons designers, bons fotógrafos, bons t.u.d.o!
- Não sabem como fazer? Aprendam! Comecem por imitar - sim, eu disse imitar!!! que é assim que aprendemos tudo na vida: desde o andar, ao falar e ao escrever - adquiram algumas das revistas de que vos falei há pouco e outras tantas, vejam como estão feitas, percebam como se podem adaptar ao nosso público e quem sabe daqui a algum tempo não haverá uma destas publicações traduzida em duas ou três línguas e a viajar pelo mundo.
- Porque é que revistas tão boas como a Blue Cooking ou a Blue Living desapareceram? Sim, eram portuguesas. Sim, eram muito boas. Sim, para quem as guarda continuam a ser uma delícia: a nível de conteúdo, a nível gráfico, a nível de fotografia...
- Pensem grande! Dêem passos pequenos! Um de cada vez. Um atrás do outro. Até ao dia em que o passo seja tão grande quanto o sonho e o desejo de dar o que têm de melhor. 

A época dos Descobrimentos foi há mais de cinco séculos. Os baús de ouro e especiarias já não nos chegam em galeões nem em caravelas. No entanto continuamos encostados a uma glória que já não é vivida, pertence ao passado, e em vez de continuarmos a pensar em grande, pensamos tão pequenino que somos engolidos pelos maiores...

Já vai longo este post. Um post rabugento, mas que me está preso nas mãos há muito tempo.

Pano p'ra Mangas
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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

What to do with your IG photos?


Há umas semanas fui contactada pela Retrotagram com uma oferta irrecusável: a impressão em dois formatos diferentes de algumas das minhas fotos do Instagram. Escolhi-as - e essa foi mesmo a parte mais difícil, pois ficaram muitas de fora - fiz a encomenda e dois dias depois estava na minha mão. Serviço 5 estrelas! 
As fotos vêm embaladas em caixas de cartão adaptadas ao formato: no meu caso vieram umas bem pequeninas e outras de tamanho regular a lembrar as fotos que se imprimiam nos anos 70.
Desde então que ando a magicar o que fazer com elas, pois queria fugir àquele básico do "penduradas-num-fio-com-molas-de-madeira". Não é que tenha feito algo de extraordinário, mas produzi algumas formas de como podem expor as vossas quando as encomendarem. Ainda por cima molduras não é comigo, pois desde que descobri a magnífica washi tape, quase tudo o que ponho na parede é com esta fita cola mágica que não deixa marcas - os pregos na parede são uma coisa muito definitiva e eu gosto de mudar as coisas de sitio.
As propostas que apresento aqui são todas efémeras e tanto podem ser usadas em casa como na decoração de um evento qualquer, ou até num presente :-)

Materiais usados:
Retrotagram - imagens quadradas de dois tamanhos diferentes
washi tape à venda online ou em algumas lojas
molas de metal coloridas à venda nas grandes superfícies ou papelarias
tábuas aproveitadas de paletes
caixa de madeira - esta foi-me oferecida pela Coats no ano passado, mas não são difíceis de encontrar uma janela antiga que já pertenceu ao meu atelier, mas que por vezes se encontra nas lixeiras...


1- O mais simples possível: fio, washi tape para colar as fotos por trás e já está! Pronto a pendurar na vertical.


2. Uma tábua, aproveitada de uma palete, devidamente lixada, molas de metal e washi tape para colar as molas. A tábua pode ser pendurada ou colocada numa prateleira estreita. As molas permitem que as fotos sejam mudadas tantas vezes quanto quisermos.


3. O verso da mesma tábua :-) pintada de preto, com tinta de giz, washi tape no verso das fotos e as letras de madeira que tantas vezes uso nas fotos. Em vez das letras, a tinta admite escrita a giz ou a caneta de giz


3. O clássico mais visto no Pinterest: washi tape para colar as fotos à parede e fairy lights . Juntei os dois tamanhos de fotos de forma a formar um puzzle em que as grandes tivessem, de algum modo relacionadas com as pequenas: cores, acessórios, ou outros...


4. Tenho este kit que e foi oferecido pela Coats no ano passado e nunca soube bem o que fazer com ele. O momento tinha de aparecer e foi este: a foto, presa aos cantos com washi-tape a decorar a tampa da caixa, na qual guardo as linhas e os berloques feitos com as mesmas.


5. Esta é uma ideia que pode ser usada para uma festa ao ar livre, mais ou menos elaborada, com mais ou menos cor. Usei o que tinha à mão: uma das janelas originais do meu atelier - com quase 70 anos! e que tem estado guardada - buganvilias do quintal, washi tape para prender as fotos e umas letras de madeira que comprei há uns anos na Casa da Bli, na Quinta do Lago.

A few weeks ago Retrotagram e-mailed me with a present - and oh! I love presents! They wanted to print some of my Instagram photos in two different formats.  Well, of course I said yes and I started the hard work of choosing only 24 of each... believe me, it was really hard! Only two days after my last click the photos arrived in two beautiful cardboard boxes ansd it was really nice to open them and see my photos in there. The big ones were chosen from my #themorningissue and the small ones were a bit random, but most of them were taken from above with my feet at the bottom.
As soon as I received them I began thinking about how to display them differently from what is shown on Pinterest and although my ideas are not original, I think I managed to find different ways as you can see from the images above.
I used very simple materials as washi tape, wooden boards, an old window and a box. Imagination is the limit and there's no limit for it.


Pano p'ra Mangas
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