No conto dos Irmãos Grimm, Cinderela, esta vai para o baile numa bonita carruagem que a sua querida e bondosa fada madrinha faz aparecer num acto de pura magia,o qual não deixa nenhuma criança indiferente. Quer dizer... "nenhuma" não sei. A mim nunca me deixou, tanto que ainda hoje continua a ser o meu conto de fadas preferido.
Sem querer parecer deslumbrada, e não sendo mesmo!, na sexta-feira senti-me um pouco a Cinderela da minha infância, só que em vez de ter à minha espera um coche puxado por lustrosos cavalos, o que me aguardava era um maravilhoso Porsche Macan, com muitos cavalos escondidos por baixo do capot!
Foi num misto de surpresa e alegria que recebi o convite do Centro Porsche Faro para marcar presença num evento que abriu portas a três mulheres empreendedoras algarvias "porque a feminilidade é intemporal e o espírito Macan também". Era impossível recusar, certo?
Assim, fui. Não sabia quem lá iria encontrar e acreditem que foi muito bom chegar e ver duas caras que me são conhecidas e muito queridas, a Janine - autora do blog Poupadinhos e Com Vales - e a Inês - CEO do Faro Avenida Business Center. Senti-me em casa, sem dúvida! Quem me conhece sabe que tenho algum receio de multidões e que fazer conversa de circunstância é ter de sair para lá da minha zona de conforto. Ufa! Não foi necessário :-)
Começámos por fazer uma visita ao coração do Centro Porsche, onde encontrámos alguns clássicos da marca propriedade de particulares. Um mimo! Um clássico é sempre um clássico e nada ultrapassa o seu charme. Foi curioso o silêncio - a concentração de quem lá trabalha e que pega em cada peça como se fosse uma obra de arte é realmente admirável.
A titulo de curiosidade, e para quem não sabe, foi-nos também explicado que cada carro da marca é único, isto porque é tailor-made: desde a cor exterior, aos estofos e aos pespontos tudo é feito à medida de cada cliente, por isso não é de admirar que alguém diga "Não há Porsche como o meu!" porque dificilmente haverá. Um Porsche não é um produto de supermercado, em que cheguemos ao local e digamos: "Quero aquele!", isto porque "aquele" será apenas o carro de exposição. Quem quiser um Porsche tem de ter a paciência que um carro destes requer e esperar por ele.
Mas voltemos ao Macan , que foi o que tive o privilégio de conduzir. O primeiro pormenor, ainda sentada no banco traseiro, que me saltou à vista foi o tecto panorâmico - sobre o qual pairou sempre o azul do céu do meu Sul. Depois, a sensação que tive quando me sentei ao volante foi de que o assento tinha sido feito à minha medida, pois senti o meu corpo encaixar na perfeição no molde do banco - há uma sensação de aconchego, de berço e de colo que não se explica, só se sente. E o carro é bonito, bolas! Por dentro e por fora: A ignição do lado esquerdo do volante - uma imagem da marca! - , o painel frontal, até a parafernália de botões que parecem complicados são bonitos. Acelerei, travei, contornei algumas curvas... Ainda sugeri levá-lo até Sevilha, mas ninguém foi na minha conversa eheheh No final, só ficou uma coisa por fazer: estacionar entre dois carros, que é uma manobra de que eu gosto.
Mas digam lá, este carro fica-me bem, não fica?
Guardo na memória de uma manhã muito bem passada e em excelente companhia.
Nota de rodapé: ao contrário da Cinderela, pelo caminho, não perdi nenhum sapatinho nem me cruzei com o príncipe encantado.
Pano p'ra Mangas