quarta-feira, 18 de abril de 2018

Esta não é uma Tribo qualquer

Nos últimos dias não se tem falado de outra coisa no Instagram. Tem sido um reboliço. Um verdadeiro frenesim. Porquê? Porque a Tribo estava a chegar. Não, não se trata de nenhuma tribo índia -semi-nua e com penas a sair das orelhas - nem de nenhuma tribo urbana - tatuada até aos dentes e com incontáveis piercings.

Tribo é a revista mais deliciosa que apareceu nos últimos anos no mercado editorial português...não quero parecer saudosista, mas desde as Blue (quem se lembra delas?) que não via nada assim. 

Tribo é uma revista de familias, sobre familias, para familias. Embora eu seja uma outsider, uma vez que não tenho uma tribo que se enquadre nos padrões aqui retratados, não pude deixar de a comprar. Por que razão? Por curiosidade. Porque adoro revistas. Porque gostei da capa desde o momento em que a mesma foi revelada. À primeira vista, e sem lhe ter tocado sequer, tinha algo de mágico e deslumbrante que eu só via nas revistas inglesas que se vendiam, em especial, na zona do Soho ou Bricklane, em Londres, onde abundavam pequenas lojas independentes, criadas para nichos muito específicos - eram o paraíso!

Comprei-a hoje de manhã e fez-me companhia à hora do almoço, enquanto me deliciava com uma smoothie bowl, que é como quem diz, fruta batida numa taça com sementes e uma colher de aveia, que adicionei para engrossar. 

Primeiro senti-a: folheei-a, cheirei-a, e só depois passei à fase da leitura. Já a li quase toda. Sim, comecei e não consegui parar. Dei comigo com os olhos rasos de lágrimas - mexeu comigo. Estas coisas de familia e maternidade mexem comigo, admito-o. Lá por agora não querer ter filhos, nem sempre foi assim. Não quero, por diversas razões. Mas já quis. Eu sonhava ter uma familia grande - cinco filhos, uma casa grande, uma familia feliz...

Voltando à revista, para não me perder. É muito bonita: graficamente é perfeita - as fotos e o tratamento das mesmas, o tipo de letra, a mancha no papel, os títulos dos artigos. Os artigos e entrevistas também estão muito bem conseguidos. Os protagonistas não me causaram grande surpresa, mas tratando-se de um primeiro número, não seria de esperar que as páginas fossem recheadas por ilustres desconhecidos - quer dizer, as pessoas que povoam estas páginas também não são conhecidas das massas (sim, têm milhares de seguidores, mas na minha opinião, estes milhares ainda são uma minoria). Outro ponto -muito, muito a favor - é o facto de a publicidade explicita e descarada caber nos dedos de uma mão...e isto sabe tão bem...

Parabenizo a mentora do projecto, Rita Ferro Alvim, a equipa que tornou isto possível e a Mediacamp que soube fugir ao cliché do que se vê nas prateleiras dos quiosques. Passando o anglicanismo, “long live the queen”, que é como quem diz, que chegue para durar.

Se vou comprar os próximos números? Não sei. Já não vai ser uma prova cega. Vai depender dos conteúdos - se os temas forem os mesmos, e não pertencendo eu a uma tribo, não vejo por que a comprar, pois dificilmente irei encontrar pontos de contacto comigo.

E depois desta? Depois desta vem a revista da querida Janine, e essa mal posso esperar para a ver.

Pano p'ra Mangas



2 comentários:

  1. Nunca tinha ouvido falar, mas tem uma imagem muito apelativa.

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  2. ohhhhhhhhhhhhh. E eu a pensar que era uma tribo de mulheres semi-nuas...lol
    .
    * Criança brincando ... em interno lamento. *
    .
    Cumprimentos poéticos.

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