Ao contrário do que se diz por aí, eu fujo às regras de uma boa virginiana: não consigo ter os espaços à minha volta totalmente arrumados por muito tempo... E se acho piada a isto? Não. Acreditem que me causa transtorno e sofrimento. Mesmo!!! Ainda há tempos falava com um amigo sobre este mesmo assunto, ao que ele me dizia que tinha um lugar certo para cada coisa: a carteira, as chaves, o telemóvel... (só para mencionar aquelas coisas práticas de todos os dias) E eu só digo: I wished!!! E não é que não tenha intenções para mudar só que, provavelmente, não são suficientemente fortes. Com as chaves, por exemplo, penso: " A partir de agora este - e designo um lugar - vai ser o sitio para colocar as chaves quando chegar a casa!". Muito bonito de pensar, só que isto só dura até ao próximo regresso a casa, em que largo as malditas chaves sabe-se lá onde. Como diz o ditado:" de boas intenções está o inferno cheio"!!!
Há, então, alturas em que o caos é tão grande - acreditem que é - que fico, literalmente com náuseas. Por isso, e depois de muito adiar lá resolvi arregaçar as mangas e colocar ordem num dos compartimentos do meu atelier - o mais bonito, por sinal, por ter o chão em mosaico hidráulico cor-de-rosa com bolas brancas e uma porta muito velha pintada de verde água. Mas...para arrumar, preciso primeiro desarrumar, criar a ordem a partir da desordem ( e aqui começam as dúvidas sobre onde por o quê) e foi neste processo de desarrumação que caí em mim e vi a quantidade quase disparatada que tenho de pequenas coisas que uso apenas para as minhas fotos (e que tal destralhar????? Naaaaaaa, ainda não chegou o momento): fios, canetas, lápis, frascos e frasquinhos. É a loucura! Isto para não falar daquelas que "fazem parte da mobília" e já vêm das avós, como pratos, canecas, taças...
Para perceberem que não é exagero, tirei umas fotos para partilhar convosco.
Para perceberem que não é exagero, tirei umas fotos para partilhar convosco.
(o chão de bolas e a porta verde que não me deixam mentir)
(uma prateleira já semi-arrumada)
Agora, a confissão mor: eu até consigo conviver com a minha desarrumação, mas não suporto a desarrumação alheia... Acham normal? Têm sugestões para eu combater este meu problema e começar a ser uma pessoa normal?
Pano p'ra Mangas