domingo, 20 de maio de 2018

Peónias: as minhas flores preferidas

Raramente tenho a oportunidade de ter em mãos flores realmente bonitas. Não é que não as possa, de vez em quando, ir comprar, mas aqui na terrina elas não estão disponíveis e à vontade do freguês. Dou-vos um simples exemplo: no Dia da Mãe quis comprar peonias...fui a quatro floristas que tinham as portas abertas e com filas até à entrada. Em nenhuma delas havia peonias ou nada que fosse diferente. Apenas gere eras, cravos e rosas... Até podem achar que estou armada em mete nojo, mas dessas flores há sempre a rodos. São demasiado normais. São bonitas, mas bolas... NÃO!

Para comprar peonias ou hidrangeas, por exemplo, tenho de as encomendar com uns dias de antecedência no fornecedor e, no mínimo, elas vêm aos molhos de 5 ou 10 pés. 

Ontem tive uma oportunidade, dessas raras, de ficar com algumas das minhas flores preferidas e que tinham como destino o lixo. Oh que desperdício! Levei-as para casa, com a devida autorização, e estive quase duas horas a separar o que seria para deitar fora daquilo que queria aproveitar. No final, fiquei com as mais lindas peonias, crisântemos (a flor do amor, sabiam?), algumas rosas e meia dúzia de cravos, entre outras.

A minha afilhada ganhou uma peonia. A minha vizinha, ainda contra a sua vontade, lá ficou com uma jarra de flores e as restantes encheram-me a casa. Até o meu atelier do chão às bolas foi premiado com um pequeno arranjo.

Quase de certeza que não cumpre as regras do que deve ser um arranjo floral. Se calhar nem devia ter esse nome, mas eu fi-lo para mim é gosto dele. Aproveitei as flores tal e qual como elas estavam, sem cortar pés ou ajustar tamanhos. Amanhã mudo-lhes a água para durarem mais tempo (esta é a regra que não quebro).

Eu gosto de flores. Não tenho muito jeito para a coisa, mas gosto.  Haverá alguém que não goste?

Pano p'ra Mangas

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Um ano de loucura no Olimpo!

Doze carimbos preenchem o meu cartão do ginásio. Quase nem acredito nisto! É uma espécie de estranheza com felicidade e incredulidade, tudo em simultâneo. Como é que isto aconteceu? Às vezes acho que nem eu sei bem..
Levei anos a fio a dizer que a última coisa que faria na vida era frequentar um ginásio. Dizia para mim mesma coisas como "Que horror!, "Que seca!", "É só gente a exibir corpos!", "Uhhgghhh!"

Olhem...como diz o ditado, "pela boca, morre o peixe!"

Apesar do ballet, com o peso que perdi, aliado ao factor idade, eu tinha o corpo muito mole, especialmente na zona interior das coxas. E não gostava de me ver ao espelho sem roupa... Ainda não amo, mas já gosto...quer dizer, tolero. Eu nasci com as pernas gordas e uma anca de alguidar - o que é que hei-de fazer? Nunca, em tempo algum terei espaço entre as coxas! Nunca chegarei à perfeição, exigida pela Virginiana que existe em mim, mas irei fazer o melhor que puder.

Antes de me inscrever num ginásio, andei a sondar as hipóteses, até que fui ver um que fica a menos de um minuto - a pé - da minha casa. Aqui não teria a desculpa do estacionamento, nem da distância, nem da chuva, nem do calor, nem de nada!!!! Assim, depois de o ter visitado, inscrevi-me - Sábado, dia 13 de Maio (...afinal, milagres acontecem eheheh). Comecei na segunda feira seguinte, dia 15.

Ao início custou-me. Ainda tinha aquele ódio de estimação a pairar na cabeça. Com o tempo e com a minha persistência as coisas foram mudando. Fui, muitas vezes, em sacrifício, só porque sentia a obrigação de ir. Já o disse aqui que levei seis meses até começar a gostar de praticar exercício físico. Sim, seis meses - há a teoria de que levamos 21 dias a adquirir um hábito, não é? Tretas! Qual 21 dias, qual carapuça...foram 6 meses, certinhos. Vou, por norma, 3 vezes por semana - e quando me inscrevi achava que só iria uma a duas vezes, nunca mais que isso - , às quais acrescento duas aulas de ballet.


Já tive vários planos de treino. Os dois últimos foram desenhados pelo mais recente PT que, por mera coincidência, eu conheço desde miúdo, pois é irmão de uma grande amiga. Não é para lhe dar qualquer tipo de graxa, mas a verdade é que são os planos que mais gosto, com excepção do remo, e que têm sortido mais resultados. Obviamente isso ainda me motiva mais. Não tenho um PT particular, pois não ganho para tal, mas o acompanhamento quer do António, quer do João sempre presentes e a dar-me indicações do que estou a fazer bem ou mal têm sido importantes e muito motivadores.

Não ando por lá a levantar quilos e quilos de halteres e pesos. Os exercícios são variados, persistentes e são um mix de cardio com musculação - sem grandes pesos, já o disse (acho que entre barras e halteres, o máximo que carrego são uns 10kg...). Estou também a aprender a correr...mas ao fim de 5 minutos já estou de língua de fora eheheh

Quem diria...41 anos sem levantar o rabo da cadeira e, de repente, resolvo fazer ballet e um ano e meio depois dá-me na cabeça em ir para um ginásio. Os deuses só podem estar loucos!!!

Feitas as contas, o que já dispendi neste tempo dava para ir fazer uma pequena viagem, comprar uma mala de marca ou até um computador novo, mas prefiro ver isto como um investimento no meu bem estar físico e mental a longo prazo. É, também uma questão de saúde e não só de vaidade.


O ballet continua a ser o meu AMOR MAIOR, mas os treinos também já têm um papel importante na minha vida. Se, neste momento, tivesse de abdicar de um deles, acreditem que já teria dificuldade em escolher e por razões muito diferentes. Contudo, o ballet ainda sairia vencedor nesta luta sem ringue.

A mensagem que vos quero deixar é que nunca é tarde para começar e que quer que seja. Deixem os complexos para os outros - para aqueles que ficam a olhar de lado e a desejar estarem no vosso lugar. Eu não sou mais do que os outros, mas acreditem que se eu fui capaz, qualquer um de vós também é.

Pano p'ra Mangas

terça-feira, 8 de maio de 2018

Há coisas mesmo especiais!


Durante as arrumações profundas do meu “atelier do chão às bolas” encontrei coisas das quais já nem me lembrava - e acreditem que ainda foram algumas, pois são muitos anos a acumular tralha... Deitei muitas destas tralhas fora, dei outras e ainda tive algumas boas surpresas, como este retalho de linho.


Tem história, este pequeno pedaço de tecido, história essa que nem eu sei bem o que dizer dela. Haverá por aí alguém com poderes mágicos que ma possa explicar?

Como sabem, vivi em Londres durante um ano e meio, mais precisamente entre 2012 e 2013 e um dos meus passatempos preferidos era visitar as maravilhosas feiras dedicadas ao artesanato que por lá há. Umas vezes comprava coisas, outras ía só mesmo ver, dependendo do estado da minha carteira. E foi numa destas feiras - já não sei qual - que me apaixonei por este pequeníssimo retalho.Afinal não foi numa feira...leiam e vejam a nota no final do post.

Comprei-o sem pensar no que faria com ele. Era tão pequeno... uns meros 23cm por cerca de 40cm. Custou-me £1,50. Era bonito. Tão bonito. Mas tão bonito que fiquei presa a ele. O padrão, clássico, com uma bailarina, as sapatilhas de pontas, as pequenas frases ligadas ao ballet... Guardei-o. Trouxe-o na bagagem e voltei a guardá-lo numa das muitas caixas com tecidos que tenho. Perdi-lhe o rasto e acabei por me esquecer dele.

No meio das arrumações e do destralhar reapareceu. Eu nem queria acreditar no que os meus olhos estavam a ver: um pequeno rectângulo de tecido que, mal dava para o que quer que fosse, com motivos de ballet clássico. Apeteceu-me chorar de felicidade. Não consigo explicar.

Tinha de fazer algo. Sim, porque passados estes anos, ele faz todo o sentido na minha vida, pois eu já faço parte do mundo encantado do ballet, ou quiçá o contrário...o ballet faz parte da minha vida. 

No sábado, depois do workshop DESCOMPLICA - que vai ficar para outro post - peguei no tecido e pus-me a magicar sobre o que conseguiria fazer dali. Bem...com um tecido a combinar, conseguiria fazer um saco para as minhas pontas. Rebusquei as minhas caixas e até as da minha mãe, mas nada! Confesso que senti a frustração apoderar-se de mim, até à chegada do meu pai que me disse: “ A Eunitecidos está aberta até às 18h!”. Eram 17:35. Peguei nas chaves do carro e voei até Faro.


A Eunitecidos é uma loja que abriu em Faro na quinta-feira e é, simplesmente, o paraíso! Tem centenas de tecidos diferentes, muitos coordenados, básicos, plastificados, lycras, ...eu sei lá! É um mundo!!! Ali, teria de haver algo que combinasse com as minhas bailarinas. Percorri as prateleiras quase todas. Não me apetecia só bolinhas ou quadradinhos. Queria algo mais, e o linho não tinha umas cores fáceis: um fundo azul acinzentado ou cinzento azulado - como quiserem -, e um estampado a castanho escuro, quase preto. Não desisti enquanto não saí de lá com o que queria. Encontrei!!!! Difícil seria se não encontrasse... 

Regressei a casa feliz e não parei até ter o meu novo saco das pontas terminado e com as ditas cujas lá dentro. Quase me esquecia de jantar - ahhh, como eu gostava de me esquecer de comer mais vezes...

Ontem já o levei para a aula. É especial. É mesmo especial! Olho para ele e questiono-me sobre o que me terá levado a comprar um tecido clássico com bailarinas...

Sobre isto do ballet tenho dois mistérios por explicar: o deste tecido e o deste poema que escrevi há mais de 10 anos, quando tinha a mania que sabia escrever. Há por aí alguém com algum palpite ou solução?

Nota: Andei a vasculhar o histórico do blog e encontrei o post em que mostro o tecido que só agora usei. Foi comprado em Fevereiro de 2012, numa das minhas lojas favoritas - a Ray-Stitch 💗 E pelo meio deparei-me com memórias deliciosas... ai Londres...


Pano p'ra Mangas

domingo, 6 de maio de 2018

Poupadinhos e com vales - a revista!

Há pouco lancei no blog um repto sobre que assunto gostariam que escrevesse hoje. Apesar das poucas visualizações e das fracas participações, ganhou a terceira opção, em que eu sugeria falar sobre a novíssima revista Poupadinhos e com Vales da muito querida e aplaudida Janine Medeira.

Não tinha nenhumas fotos, a não ser a que publiquei há dias no Instagram, por isso - e perdoem-me já estar em trajes menores - lá fui tirar mais umas  para ilustrar este post. 

Em primeiro lugar quero dar os PARABÉNS e desejar MUITO SUCESSO,  quer à Janine quer à Mediacamp por mais esta “filha” que não deixou ninguém indiferente. 

Em segundo lugar, quero passar um ralhete à Janine por, há dias, numa conversa, me ter dito que esta sua revista era popularucha comparada com a Tribo. Não há comparação possível, e popularucha - ou qualquer outro diminutivo com tom depreciativo está riscado do dicionário. Bolas! Mais ou menos tenho acompanhado este projecto e sei que tem dado muito trabalho, tirou muitas horas de sono à Janine e outras tantas à familia.

Pessoalmente gostei da revista. Está muito bem conseguida a nível gráfico - fontes, imagem, paginação, ... e outras coisas que pessoas mais entendidas na matéria saberão dizer.  Ahhh, o papel - adorei! (é mate - eu detesto revistas de papel glossy)

         
A entrevista com o António Raminhos está giríssima e despretensiosa. Tem algumas dicas de como construir mealheiros, por exemplo, mas também fala de outras coisas, como o seu estilo de vida e de como gere as suas finanças.

Tem uma página repleta de apps que para mim foram uma surpresa, tem dicas de moda - nem todas muito low cost, mas ser poupado não quer dizer que tudo o que se compre tenha de ser barato. Até porque o conceito de barato ou caro é muito relativo. Como eu costumo dizer: uma coisa é ser caro, outra coisa é eu não poder comprar. Entendidos?

Também gostei das páginas com algumas receitas. Aquelas coisas que parecem ser mais práticas comprar do que cozinhar e, contas feitas, sai muito mais caro comprar. Posso por, exemplo, dizer-vos que na minha casa nunca entrou um pacote de molho bechamel e, pelo menos desde que me foi diagnosticada urticária, molho de tomate embalado também não entra cá em casa. Um conselho? Vejam os rótulos: a quantidade de corantes e conservantes chega a ser assustadora!

Mais coisas... 
- como conseguir vales de desconto: eu não ligo nenhuma a isso, mas a partir de agora vou estar mais atenta
- vales de desconto para usar em algumas lojas/marcas
- tem poucas páginas de publicidade descarada - yeeesss!!!!
- é mensal e está à venda por dois euros

Estou curiosa para saber como será o próximo número!

Janine, como já te disse, em jeito de brincadeira, a data para o lançamento não podia ter sido melhor escolhida: May the 4th - be with you!
Pronto, agora que já vos fiz a vontade, já posso ir dormir. Até amanhã!

Pano p'ra Mangas
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