Há uns meses lancei-me nesta aventura de partilhar aquilo que sei sobre Escrita Criativa - que é um mundo!!! - e depois de uma primeira oficina - sobre a qual nunca escrevi aqui... - que aconteceu em Março, ontem teve lugar a segunda edição. E foi tão giro!
Já a tinha dado como esgotada quando surgiu uma última inscrição, e como onde se sentam oito, sentam-se nove, aceitei-a de bom grado e não me arrependo nada, pois o Manuel foi um pupilo exemplar, como todos os outros, obviamente.
Esta é uma oficina muito prática e pouco teórica, pois o que se pretende é por as pessoas a escrever sem medo sobre temas inusitados, em que alguns puxam às memórias, às emoções e até ao lado mais íntimo de quem está a escrever. É um risco, é verdade, mas este tipo de exercícios serve, muitas vezes, de catarse para que, a partir daí se perca o medo do papel e da caneta. Foi engraçado ver três professoras a "sofrer na pele" o mesmo tipo de pressão que elas/nós colocam/os nos alunos: tema, tempo, palavras, ...
Embora hoje em dia se escreva mais sem papel e caneta, gosto de realçar a importância de escrever à mão. Há estudos que provam que é benéfico para o nosso cérebro, sabiam? E por isso, um dos elementos chave nesta oficina é o kit que ofereço a cada um dos participantes, composto por um caderno, um lápis e um miminho, que desta vez foi um tsuru em origami.
As quatro horas que durou a oficina passaram num ápice! Entre momentos de silencio profundo, partilhas sentidas, muitas gargalhadas e alguma boa conversa só posso dizer que foi uma tarde feliz.
Pelo meio houve um intervalo para descansar os pulsos - havia quem não se lembrasse da última vez que escrevera à mão! -, bolo caseiro - a receita fica para outro post! - café e outras gordices. Faltou os chocolates...confesso que me esqueci.
O meu muito obrigada à Rita Sampaio, que além de uma querida amiga é uma mulher de armas que há um ano teve a ousadia de inovar e abriu o Atelier Cowork, em Faro, o espaço que nos recebeu de braços abertos
E depois desta segunda oficina? Vou, de certeza, preparar a terceira, que será diferente, até porque não consigo fazer duas coisas iguais e quero levá-la a outras partes do país. O que acham de começar por Beja?
Pano p'ra Mangas