MY GOAL is not to be better than anyone else, but to be better than I used to be
(Dr. Wayne W. Dyer)
(Dr. Wayne W. Dyer)
No ginásio que frequento há um quadro onde, de vez em quando, são afixado uns desafios que levam à competição. Neste momento, estão em vigor dois que têm como objectivo subir o máximo número de degraus no step no menor tempo e outro que consiste em remar a maior distância também no mínimo tempo. Desafiaram-me a participar e a superar as participações já afixadas. Recusei. Porquê?
A única pessoa com quem faço competição é comigo própria. Não é medo de perder. Apenas não gosto de viver ou fazer o que quer que seja em função do que os outros conseguem. Nunca fui assim. Não é agora que vou começar a ser.
Na escola sempre fui uma aluna com notas médias e não era porque a minha “colega do lado” tinha uma melhor nota que eu que ficava aborrecida. Os meus pais também nunca me perguntavam que notas tinham a A, a B ou a C. Apenas as minhas lhes interessavam. Se eram baixas, diziam-me que tinha de melhorar. Apenas isso.
Trabalho para me superar todos os dias apenas para ser melhor. Melhor do que era ontem. Não quero ser super. Apenas melhor. Superar-me. Todos os dias.
Competir é comparar. E ao comparar matamos o que de melhor temos em nós.
Competir é comparar. E ao comparar matamos o que de melhor temos em nós.
E talvez por ser assim, fico irritada, incomodada e até frustrada com a forma como a competitividade é vivida e incentivada. Vejo isso, sobretudo, nos adolescentes. Estudam para ter notas mais altas que o colega e não para adquirirem conhecimento. Estudam porque os pais lhes prometem “recompensas” se ultrapassarem o colega. E assim se habituam a, muitas vezes, ultrapassar obstáculos sem olhar a meios. Mas eu não tenho filhos, por isso não tenho autoridade no que diz respeito a esta matéria,...
Agora, não me venham dizer que não sou capaz de fazer algo que comecei. Aí a minha teimosia fala mais alto e levo a tarefa até ao fim, não só para me provar que fui capaz, mas também pelo prazer de dar uma bofetada de luva branca.
Até hoje só me deixei derrotar por uma destas vozes do contra e que me levou a desistir de algo. Foi a primeira vez. E ainda sinto um travo amargo na boca de cada vez que penso nisso, contudo - como diz o ditado - “Deus escreve direito por linhas tortas” e...o karma é tramado. Sabiam? Aquele efeito boomerang que retorna aquilo que se envia? É isso mesmo!
E por aí? Como lidam com a competição? Têm histórias para partilhar?