Há anos que não ía a Fátima, embora lá desejasse ir há algum tempo - sei lá, nunca se tinha proporcionado ou talvez eu nunca tenha feito com que acontecesse . Crenças à parte - pois como sabem não discuto nem religião, nem política, nem futebol! - temos de admitir que aquele lugar tem qualquer coisa de mágico. É tão, mas tão mágico que quis que o Sábado não terminasse sem um encontro inesperado: tinha eu acabado de murmurar "quem será a pessoa conhecida que vou encontrar aqui", quando me viro e tinha à minha frente a querida Cristina e a sua linda familia - foi tão giro este encontro!!!
É um lugar que transmite paz e serenidade e um conforto interno que não se explica, só se sente - que não tem nada a ver com velas acesas, promessas feitas ou cumpridas. Só sei que não quero ficar tanto tempo sem lá voltar.
No Domingo assisti à Eucaristia na Basílica da Santíssima Trindade, que ao contrário do que se diz por aí não é um ovni ou um armazém... É simplesmente, fenomenal - a luz foi o que mais me impressionou: não havia, ou pelo menos não se via, uma única lâmpada acesa, e toda a luminusidade vinha de um tecto quase translúcido. Também ali a atmosfera e o ar que se respira é de tranquilidade, ou pelo
menos foi assim que o encarei, apesar da multidão que enchia o espaço - tem capacidade para quase 9000 pessoas! Só não gostei do Cristo que está no altar - até pode ser de um escultor todo XPTO, mas não gostei: em nada se parece com as imagens a que nos habituámos...
Devo dizer que também não gostei do lado comercial. É excessivo. Centenas de quiosques com os mesmos artigos: ao passar pelas bancas, os comerciantes chamam por nós como se de uma feira se tratasse, vendem objectos que nada têm a ver...enfim, só me fez lembrar uma passagem da Biblia em que Jesus expulsa os vendilhões do Templo.
No entanto, quer se acredite ou não no milagre de Fátima, quer se seja Católico ou não, é um lugar onde toda a gente devia ir pelo menos uma vez na vida: estar ali em silêncio e recolhimento apenas para reflectir na vida e quiçá, se encontrar consigo próprio.
(não resisti a esta sinalética eheheh)