segunda-feira, 29 de junho de 2015

Rocas de alfazema


Ontem, numa das minhas muitas passagens pelo Instagram, deparei-me com uma foto maravilhosa da Diane, na qual exibia um cesto repleto de rocas de alfazema. Ao expressar a minha vontade de saber fazê-las, ela respondeu-me que no blog tinha as instruções para o conseguir. Fui lá de imediato - se por um lado o Instagram é aquela coisa maravilhosa para quem, como eu, sou uma "papa-fotografias", por outro rouba-nos tempo e dedicação à leitura de blogs tão bons como é o caso Xuxudidi et plus encore.
Hoje de manhã, mal pus o pé fora da cama, peguei na tesoura e lá fui eu cortar mais uns pés de alfazema - de um arbusto que finalmente, após uns anos de plantado, está a dar flor como se não houvesse amanhã!
Segui à risca as instruções da Diane, achando que aquilo iria ser easy peasy lemon squeezy. Ai era, era! Para completar a primeira roca levei cerca de quatro horas!!!! Desmanchei tantas, mas tantas vezes...o entrançar das fitas nunca dava certo - e ainda assim ficou alguns enganos, mas como já estava a entrar em estado de ebulição deixei passar... 
Já mais calma e como ainda tinha alguns pés cortados, fui buscar os que me faltavam para completar o número indicado e aventurei-me, novamente, na hercúlea tarefa de fazer mais uma roca. Optei por fazer sem o recurso ao copo e, confesso, correu um pouco melhor, embora ainda tenha alguns enganos pelo caminho. Desta vez copletei-a em muito menos tempo - cerca de uma hora! Como ainda tenho alfazema no arbusto hei-de fazer uma terceira, que espero saia perfeita.
Obrigada querida Diane pela inspiração e pelas tuas instruções tão claras.


Pano p'ra Mangas
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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Seek - Oficinas Criativas by BrancoPrata


Em dia de São João eu tinha de continuar no Porto, certo? É que a verdadeira razão (na realidade foi mais uma desculpa...) para a minha última ida lá foi a primeira Oficina Criativa BrancoPrata.
Durante a manhã de Sábado, que se estendeu até à tarde, a Sofia, com a sua enorme paciência explicou, demonstrou, ensinou e também "ralhou" (foi a veia de professora a vir à superfície!!!) com um grupo de miúdas (hummm, sim, miúdas excepto eu que era a mais velha na turma) bem dispostas, talentosas e cheias de vontade de aprender truques e dicas para fazer os arranjos florais mais bonitos que possamos imaginar para ter em casa. Obviamente, ajudou imenso a panóplia de flores escolhidas a dedo que tínhamos à espera e que ela preparou de véspera. Havia rosas, cravos, crisantemos (sabiam que esta é a flor nacional do Japão?), margaridas, peónias e mais não sei quantas cujo nome já não me recordo.

Não houve um arranjo que tivesse ficado igual ao outro. Cada um reflexo da personalidade da sua autora. E ficaram todos lindos! Mesmo lindos!


Como bónus - quer dizer, foi mais parecido a um primeiro prémio da lotaria ou do euromilhões - tivemos o André a fotografar tudo e a dar-nos dicas de como poderíamos tirar as nossas próprias fotos.

Se quiserem ver fotos com os pozinhos de perlimpimpim que o André lá coloca, podem vê-las neste post. Aqui, ficam as minhas singelas imagens mas que me saíram dos olhos, da máquina e do coração.
O meu centro passou por várias fases, formas e algumas indecisões, pois eu queria trazê-lo para baixo e tive de pensar, especialmente, na logística do transporte de forma a que chegasse (quase) intacto.


Foi um dia em cheio, que para mim acabou já ao nascer do sol do dia seguinte! Ooppss, isto não era para dizer..
Como sempre, o melhor foi estar com "as minhas pessoas". Além da Sofia e do André, estive também com a Maria João (que foi minha guia no dia anterior) e com a queridíssima e talentosa Tânia. Ficaram a faltar algumas (cujos nomes não preciso dizer, pois sabem quem são), é verdade...mas em plena época alta, os horários andam trocados e os fins-de-semana é que são de trabalho. Fica a saudade e um até breve!

Pano p'ra Mangas
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terça-feira, 23 de junho de 2015

O Porto - a cidade que sinto mais minha a cada vez que lá vou...

O Porto colou-se-me à pele. Não o explico. Não o quero explicar. Quero apenas senti-lo.
A cidade. O rio. As pessoas. Os lugares que, sem os conhecer, me são familiares e onde me sinto em casa. As pessoas, sim, as pessoas - eu sei que me estou a repetir. As minhas pessoas, amigos que são como familia desde o primeiro momento, e que aumenta a cada visita.
Na minha última escapadinha de fim-de-semana tive como guia uma destas minhas pessoas - a querida Maria João ... e os seus adoráveis índios.


Sob um calor abrasador subimos à muralha, passámos a ponte para Gaia e fomos à Afurada - os estendais e o lavadouro (de louvar o trabalho árduo daquelas mulheres que, de barriga encostada ao tanque, esfregam e escovam tapetes e mantas à mão) -, atravessámos as ruas sombrias ladeadas pelas caves do Vinho do Porto, fiquei a admirar portas, janelas e fachadas várias sem as conseguir fotografar e terminámos a tarde num lugar mágico - mesmo mágico! - e que há muito queria conhecer: a praia de Miramar com a sua Capela do Senhor da Pedra.


Apesar do calor abafado que se sentia na cidade, chegámos à beira mar e estava uma ventania, que ao descalçar os sapatos ía ficando sem eles. A Maria João e os seus deliciosos índios ficaram mais perto da esplanada enquanto eu fui um pouco mais longe - sentir aquele lugar, o cheiro a mar, a areia a cortar-me a pele...como se estivesse a matar saudades de um lugar onde nunca tinnha estado, e tão diferente do que os meus sentidos se habituaram aqui pelo Sul.

Foi uma tarde inesquecível que espero repetir mais vezes - até porque um dos meus objectivos a curto/médio prazo é ir viver para o Porto. Só me falta encontrar trabalho e faço as malas. Até já!


Pano p'ra Mangas
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domingo, 21 de junho de 2015

Book review: A Vida Secreta dos Gelados Caseiros

Há uns anos prometi a mim mesma, e às pessoas à minha volta, que assim que tivesse o Livro de Pantagruel não compraria nem mais revistas nem livros de culinária. Promessa não cumprida! Tenho o dito livro e depois dele já cá chegaram muitos outros...quem me manda gostar de cozinhar? Devem ser os genes do bisavô, que era cozinheiro - ou chef, como se diz agora - que andam por aqui. 
Ontem comprei mais um. De "gordices", como lhes chamo, mas "gordices" das boas e mesmo a tempo de celebrar a chegada do Verão. De que livro se trata? A Vida Secreta dos GELADOS CASEIROS.


Acompanho a Rita há algum tempo, especialmente através do Instagram, e foi lá que fiquei a saber do seu livro de gelados. Fiquei logo com comichão nos dedos e as papilas gustativas a salivar. Agora que o tenho nas mãos deixem-me falar um pouco dele. Os videos, no seu canal  do Youtube, feitos em parceria com a Cristina (olha que duas que se juntaram!), são de babar e lá também podem ver um pouco da história deste "manual para gulosos"

As primeiras páginas contemplam, não só um pouco da história da Rita - relatadas com um bom humor desconcertante - mas também algumas técnicas base para se conseguir um bom gelado. Há dicas para todos os gostos e ninguém ficou esquecido - desde o uso da vara de arames ao robot de cozinha. Os textos são claros, as instruções são simples e as propostas de sabores apresentadas...yummiiii! E as fotos? Se o livro fosse comestível por esta hora já não o tinha.



É óbvio que antes de escrever este post eu tinha de experimentar uma receita. Foi difícil decidir-me apenas por uma, mas lá acabei por escolher a de Gelado de Nozes com Doce de Figo. Para variar as coisas comigo não correm como o previsto e quando me estava a preparar para fazer a pasta de nozes, vou ao armário e...a caixa das nozes estava repleta de formigas!!! Mas como diz o ditado "quem não tem cão caça com gato", não me atrapalhei nada e substituí as nozes por amêndoas (usei amêndoa com pele e sem pele). Mas há mais...Ao fim de duas horas, tinha o estaminé montado para as fotos, vou buscar o gelado já pronto e afinal não estava pronto, pois precisava de mais umas horas no congelador. Podia ter deixado as fotos para amanhã, pois podia, mas estar a armar o cenário novamente? Naaa, fica mesmo assim. Só neste momento o provei e está de comer e chorar por mais.
A Rita recomenda, mas não obriga,  o uso de uma máquina de gelados, que eu não tenho e que não foi impedimento para que não me aventurasse.

A pressa é mesmo inimiga da perfeição, e foi a pressa que e fez querer tirar as fotos todas ontem. Dormi mal a pensar no caso! Claro que repus mais ou menos o cenário e com o gelado já apresentável tirei novas fotografias que substituí pelas antigas. Valeu a pena!
Confesso que, por não ter usado a máquina de gelados, pensei que o gelado fosse formar cristais de gelo. E sabem que mais? Não! Nem um!!!!


 Nota: à hora a que escrevo este post o gelado já está no ponto e, quem já comeu, diz que está delicioso :-)

Caso queiram dar uma vista de olhos pelo interior do livro podem fazê-lo aqui.


Pano p'ra Mangas
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sábado, 20 de junho de 2015

Do amor e das dietas



O que é que uma coisa tem a ver com a outra? Tudo! Senão vejamos:

As borboletas na barriga.
As borboletas que sentimos quando estamos apaixonados levam-nos para outra dimensão, criam um nervoso miudinho resultado de uma expectativa que aumenta ao segundo, as mãos transpiram e o coração bate, literalmente, mais depressa. As borboletas provocadas pelas dietas também provocam nervoso miudinho, deixam-nos alerta, mas...querem apenas dizer uma coisa: fome! 
Os passeios. 
A pé, de bicicleta, pelo campo ou pela praia naquele ritmo de quem tem todo o tempo do mundo para estar com a outra pessoa quer faça sol ou esteja frio - e como sabem bem estes momentos em que nem o silêncio se torna incómodo. Também a pé, de bicicleta ou, para os mais corajosos, a trote a um ritmo quase alucinante como se fossemos apanhar o próximo comboio para o inferno e já estejamos atrasados; uma hora  pelo menos, segundo algumas teorias, pois na primeira meia hora só se queima açúcar e depois é que a gordura começa a derreter. Os silêncios são fruto de uma garganta seca provocada pelo frenético exercício. São assim os passeios de quem está de dieta.
As refeições
Para os apaixonados são momentos de prazer partilhados em casa, no restaurante, num pic-nic ou até na tasca das esquina. As iguarias mais ou menos elaboradas são, muitas vezes, partilhadas e dadas a provar ao outro. Para quem está de dieta são uma chatice, especialmente quando nos é posto à frente um prato de salada que nos faz lembrar um pasto verde onde seres herbívoros e de porte imponente mastigam horas a fio sem que o volume do corpo realmente diminua...
A cama. 
Haverá alguma cama em que dois apaixonados não caibam? Mais ou menos apertados, cabem sempre. Para quem está de dieta é sempre assim: por grande que uma cama seja nunca parece suficientemente grande para se virar para o outro lado sem achar que corre o risco de cair para o chão.
A lágrima ao canto do olho, o choro desesperado ou a cara de amuo
Um arrufo entre um casal resulta num destes três, com a vantagem de que depois das pazes feitas...não vamos por aí, ok? Mas, o que é que provoca isto a quem está de dieta? A subida à balança!!! Há alturas em que por muito pasto que se rumine, o diabo dos ponteiros não sai do lugar - também se pode dar o caso de a balança não ter pilha, mas se é de ponteiros não leva pilha de certeza! - e isso acaba em  quê? A uma crise de choro, amuo ou a simples lágrima no canto do olho...sem a parte do "fazer as pazes".

Ontem, quando escrevi mentalmente este texto, não tinha nada a ver com o que me saiu hoje. Tinha desenhado algo mais profundo, sentimentalista e até filosófico e que me expunha em demasia. Era bonito e poético aquilo que tinha planeado. Mas a realidade é que por muito bonito e poético que fosse, nem o amor nem as dietas são filosóficas. São realidades da nossa realidade. São vivências que partilhamos ou guardamos em segredo: quantos amores escondidos não há por aí? E emagrecimentos que "nunca são resultado de dieta"? Quanto mais acho que sei sobre os dois, menos percebo do assunto, mas confesso que ainda acredito e não perdi a esperança em nenhum deles - uns dias mais num do que noutro e vice-versa - apesar de ter um coração de pedra e um estômago que é um poço sem fundo. 

Pano p'ra Mangas
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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Regressar aonde se é feliz

Nunca fui de estudar em cafés ou esplanadas, até porque me distraía com alguma facilidade, além do facto de me concentrar melhor no silêncio da noite, no entanto nos últimos anos virei o esquema ao contrário: a noite é para dormir e o dia para trabalhar e estudar - deve ser o peso da idade! Por isso mesmo gosto de encontrar lugares tranquilos onde esteja quieta, sozinha (e como gosto destes momentos comigo própria...) e de preferência com o horizonte a perder de vista. 


Em Faro o meu lugar de eleição é a esplanada do Hotel Faro - recentemente renovada e mais apetecível que nunca. Uma hora de trabalho lá rende mais que duas ou três em casa!!! E sim, de vez em quando também gosto de lá ir almoçar ou jantar porque além de a carta ser irrepreensível, a companhia é sempre a melhor. Ontem foi um desses dias e a mesa que tínhamos à nossa espera... OMG! (esquece a dieta, Margarida :-)) O Chef Miguel preparou-nos uma mesa de finger-food de comer e chorar por mais. Não vou falar das sobremesas, mas só para terem uma ideia: shot de morango com gengibre e lima, panna cotta com crumble de amêndoa e frutos vermelhos, mousse de abacate, doçaria regional e ...Chef, já não consigo reproduzir o resto. Saí de lá a rebolar! 





Dito isto, anotem nos vossos roteiros de férias: Restaurante Ria Formosa, no topo do Hotel Faro com a ria que lhe dá nome como pano de fundo. Também lá podem ir de tarde, tomar um café ou um gin e ficar a apreciar o sossego em pleno centro da cidade.
Isto agora até vai parecer um post patrocinado, mas juro que não é. Não é mesmo. Apenas gosto de partilhar os locais onde me sinto bem, onde gosto de estar, onde sou bem recebida e onde volto pelas mais diversas razões.
Porque é que vai parecer um post pago? Simplesmente porque este ano já elegi outro spot para trabalhar onde também posso petiscar, partilhar e ...estar com o pé na areia: o Hotel Faro Beach Club na Praia de Faro. Quem me acompanha no Instagram sabe que tenho ido para e, também ontem, foi ponto de encontro para uma tarde bem passada (não, ontem não estive a trabalhar!!!) Tem uma esplanada a, literalmente, três passos da água e com o horizonte a perder de vista onde o azul do céu se confunde com o do mar, e tal como no restaurante do hotel, o menu e o serviço são TOP! Eu sei que em Agosto vai ser difícil lá ir, mas enquanto o Sul não é vítima das invasões bárbaras eu vou aproveitanto os melhores lugares, sozinha ou com as minhas pessoas.
Experimentem! A sério que não se vão arrepender, até porque se não gostasse não recomendaria.


Pano p'ra Mangas
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