domingo, 4 de outubro de 2015

Fechar a porta aos 40


Setembro passou a correr e eu ainda nem tive oportunidade para fazer o habitual "ponto da situação"  - afinal de contas o meu ano começa em Setembro e não em Janeiro e como tal é tempo de "fechar para balanço". Eu disse "fechar"? "Fechar é anedota, pois foi sempre a abrir, especialmente as três últimas semanas com imensas coisas boas a acontecer em simultâneo e eu sem saber bem para onde me virar... 
Este ano, Setembro encerrou a minha entrada nos "entas" e daqui não há como retroceder. Mas para quê? Não se diz por aí que os 40s são os novos 30s mas com mais experiência e maturidade? Vamos a eles!
O que é que o grande ano me trouxe afinal?
- Pessoas novas, daquelas que parece que conhecemos desde sempre, com quem conversamos sobre assuntos interessantes horas a fio e que, a cada abraço apertado de chegada ou a cada despedida, me deixam com sede de mais e de lágrima contida no olho;
- Levei puxões de orelhas de pessoas que me empurraram para o "bom caminho" e também ouvi palavras duras que me deixaram no chão (perdoadas mas não esquecidas - pelo menos por enquanto)
-Trouxe-me projectos novos, desafios que sei que darão frutos, pois estou rodeada das melhores pessoas do mundo para que dêem certo. Vão-me dar água pela barba e vou passar as passinhas do Algarve, vou ficar curta de tempo, mas tudo isso vai-me fazer muito feliz;
- Aprendi (quer dizer: estou a aprender!) que vale a pena pedir ajuda: por cada não que se ouve, há um sim à espera que vem de onde parece ser impossível.
- Fui a lugares onde nunca tinha ido e fiz coisas que nunca tinha feito
- Estou a conseguir o "feito histórico" de atingir o meu peso ideal, aquele que me faz sentir bem, sem que isso me afecte emocionalmente - não, não salto refeições nem faço disparates.
- Estou a habituar-me a cuidar mais de mim: por fora e por dentro, pois nunca fui dada a essas coisas;
- Cultivei a paciência, embora o desatino tivesse vindo à superfície mais do que o desejado;
- Aproveitei o Verão ao máximo - provavelmente o último dos próximos anos;
- Ri acompanhada, chorei sozinha e com isto tenho vindo a aprender a desdramatizar as coisas mais simples - a maior parte dos dramas estão na nossa cabeça: podemos não mudar o acontecimento, mas certamente temos o poder de mudar a nossa reacção perante o mesmo.


E por último, para aqueles que de vez em quando me perguntam: não, os 40 não me trouxeram um amor (nem dois, nem três, nem ...). O coração, saudável, continua de pedra envolvido em arame farpado. Se me sinto mal com isso? Também não. Estou bem e não sei o que é a solidão.

Pano p'ra Mangas

4 comentários:

  1. Parabéns. Também em revoluçoes (algumas parecias com as suas). Continuação de uma vida Plena.

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    Respostas
    1. Obrigada, Ana Raquel.
      Estas revoluções pacíficas são necessárias para nos mantermos vivos e longe daquela mesmice tão portuguesa do "vai-se andando".
      Boa sorte para as suas! Um beijinho

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  2. Coração de pedra, Margarida?? Não, mesmo!!!
    Corações de pedra não conseguem dar nem receber; não conseguem partilhar...
    Corações abertos, sim... e é disso que se vê por aqui, a acompanhar uma enorme força e garra.
    Parabéns!

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  3. Parabéns Margarida :)
    Belas palavras e muito boas :)
    Boa continuação, muita sorte para o futuro e continue a ser feliz :)
    Tudo de bom :)

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