sábado, 21 de novembro de 2015

Ballet: Admirável mundo novo


Quando no ano passado iniciei as aulas de ballet elementar para adultos, descobri que afinal havia um desporto que poderia ser prazeroso e não penoso! - até porque um ginásio repleto de máquinas, aulas aos pulos no chão ou em pequenos trampolins (actualmente muito na moda)  não é para mim. Infelizmente, pouco tempo depois tive de desistir por não ser compatível com os meus horários. Guardei as sapatilhas sem nunca ter chegado a aprender os nomes de cada passo ou exercício e adiei as aulas por tempo indefinido, tempo esse que terminou há quase dois meses, no dia em que celebrei os "menos quinze".
Duas vezes por semana lá estou eu. O mais pontual possível sempre equipada de uma garrafa de água, pois ao fim de dez minutos de exercícios de chão eu já estou imprópria para consumo.
Para quem vê um/a balarino/a em palco tudo parece leve, gracioso, fresco e, sobretudo, fácil. Tudo certo excepto o último adjectivo. Tem tudo de bom, menos o fácil. Aprender a respirar, treinar o equilíbrio, melhorar a postura, o coordenar de pés, pernas, braços e cabeça,  tornar o corpo elástico... acho que nunca conseguirei aqui enumerar todas os desafios que surgem a cada aula. 
Quando penso que já estou a fazer "bem" o exercício de pernas, lá vem um "agora a cabeça!" ou "e com as mãos..." - reviro os olhos, coço a cabeça e recomeço tudo. Por vezes também reclamo... Saio de cada aula (que dura entre uma hora a uma hora e meia) estafada mas de alma lavada. Nos dois dias seguintes dói-me tudo - tenho descoberto músculos no meu corpo que não sabia existirem! Até o levantar da cama é doloroso. No entanto é uma dor boa, que me sabe bem.

 "Uma bailarina tem de ser flexível como um gato, leve como uma pena, ágil como um esquilo, graciosa como um cisne", in Anita no ballet
Quem acompanha o meu IG e, consequentemente, visto algumas fotografias, tem-me feito várias perguntas às quais pretendo responder aqui:

Qualquer pessoa pode frequentar estas aulas?
Acho que sim, desde que não tenha qualquer contra indicação médica ou lesão que não o permita. O peso de corpo não tem qualquer influência - no ano passado, quando me inscrevi pela primeira vez tinha mais 15kg do que agora... Além disso um grande número de escolas permite que se faça uma aula experimental - tentem, não custa nada!

Com que frequência se deve ir?
Ora bem, não sei..depende de muitos factores, entre os quais a disponibilidade, compatibilidade de horários, entusiasmo... Eu faço duas aulas por semana, baseadas na compatibilidade de horários.


Qual o equipamento usado?
Não sei quais as exigências das outras escolas, mas no Atelier do Movimento, não são nenhumas. Joga-se com o bom senso. Eu uso: sapatilhas (que têm de ser à medida do pé), leggings pretas ou cinza, t-shirt e umas meias (que calço por cima das sapatilhas para os exercícios de chão)

Onde é que se pode aprender?
Em Faro sei de, pelo menos duas escolas: o Atelier do Movimento - onde eu ando, e a Companhia de Dança do Algarve. Pode haver mais, mas não que eu saiba. No resto do país, basta que perguntem ao Google - este senhor tem resposta para tudo e tenho a certeza que encontrará a escola mais adequada em qualquer parte do país.

Quanto custa?
Mais uma vez depende da escola, da localidade, dos professores... A partir de 25 euros por mês já podem encontrar alguma coisa.

Caso queiram colocar mais alguma questão, deixem-na na caixa de comentários ou enviem-me um e-mail, pois naquilo que eu puder ajudar, responderei.

Ahhh, só mais um detalhe: se pensam que ao fim de uma semana já estão a dançar em pontas o Lago dos Cisnes, lamento informar-vos que a resposta é não. Tal como Roma e Pavia, o ballet também não se faz num dia!

Pano p'ra Mangas
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1 comentário:

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