domingo, 14 de janeiro de 2018

Wanna hit the gym?


Tenho a certeza que não estou sozinha nesta missão, mas usualmente não se fala nas coisas menos boas, por isso hoje trago aqui dois side-effects das idas ao ginásio:
  1. O cansaço físico e o sono - já superados, e que já não representam um problema.
  2. A fome! - em processo de aprendizagem

Antes de começar a ir ao ginásio, percorria dezenas de fotografias de bloggers e instagrammers que estavam, ou tinham estado, num processo de perda de peso semelhante ao meu. E lá íam elas, giras, frescas e fofas treinar. E regressavam com o mesmo ar fresco e fofo. Em curtos espaços de tempo as mudanças eram radicais: pernas tonificadas, barriga lisa e bem definida... WOW! Sim, isso serviu de inspiração, numa óptica quase de “se elas são capazes, eu também sou capaz” ou “é isto que eu preciso para acabar com as badanas ( lá vem a tal palavra que eu “adoro”, mas que não há melhor) nas pernas”.

Além do tal ar fresco nas fotos do ginásio ou dos treinos outdoor também ficava num misto entre o fascinada e o intrigada com a alimentação: proteína X, os batidos do pacote Y, o suplemento Z. O certo é que parecia resultar. Eu continuo a dizer: não me convidem a comer sardinhas enlatadas com abacate ao pequeno almoço acompanhados do tal batido ou sumo detox - também na moda! -pois só de pensar fico sem fome.

Sardinhas à parte...os suplementos e os super-alimentos... Tomar, ou não tomar? O que tomar? Como o fazer? No início, além de ter procurado informação fidedigna sobre o assunto, e não ter chegado a nenhuma conclusão, fiz várias incursões aos corredores do supermercado onde estão os ditos suplementos e super alimentos. Pegava numa embalagem. Colocava-a na prateleira. Pegava noutra. Fazia o mesmo. Não só os preços destes produtos são proibitivos (não me venham dizer que não são, pois com o valor de qualquer um eu faço um banquete!), mas também a composição me deixa pouco confortável - acredito que nenhum componente faça mal, mas desde que tive (e ainda deve andar por aqui adormecida) uma urticária que me deixava desfigurada, que tenho o máximo de cuidado com tudo o que venha embalado. De vez em quando ainda compro umas “barritas de emergência” - por curiosidade e porque dão jeito -, mas tirando isso...

E tudo isto porquê? Porque tinha de arranjar uma fórmula mágica para me saciar a fome que chegava - e chega - sempre depois de treinar. Pois é, a FOME ESGANADORA e ESMAGADORA, depois do exercício. A vontade é enfiar pela goela abaixo a primeira coisa que apareça à frente, seja ela saudável ou não. 

Ora...deparei-me com um problema para resolver. Quer dizer: (mais) um desafio para superar! Não estando eu na disposição, nem na disponibilidade, de comprar os tais suplementos super-poderosos, tinha de encontrar algo que “pudesse” comer sem estragar o treino acabado de fazer. Desde então que leio imensas coisas (acreditam que até ponderei voltar à universidade para tirar um curso de nutrição? obviamente desisti da ideia assim que vi o plano curricular 😂😂😂) contudo há dias que quanto mais leio mais baralhada fico com o que se deve, pode, ou não comer antes e depois dos treinos. Um nutricionista diz isto e outro aquilo - isto para não falar no facto de que qualquer blogger/influenciador se tornou especialista em nutrição (really?!). Dito isto, nada como o bom senso, a roda dos alimentos e as parcas lembranças das aulas de ciências do ensino básico. Perdoem-me os especialistas na matéria, mas esta foi a solução que encontrei para mim. Dependendo das horas a que vou ao ginásio, assim é o que como.

Querem exemplos?
Se vou treinar de manhã cedo: tomo o pequeno almoço normal antes (uma caneca de chá e uma fatia de pão com queijo ou, mais recentemente e de vez em quando, uma “panqueca fit”) e no regresso do ginásio como uma peça de fruta e uma fatia de fiambre ou queijo, um iogurte (ou meio skyr - se tiver) com uma colher de chá de manteiga de amêndoa.
Se vou treinar ao fim da manhã ou da tarde: almoço ou janto, sendo que o jantar é sempre muito mais leve.

Também costumo andar com uma peça de fruta na mala (normalmente uma banana, que é a fruta dos preguiçosos) ou se não tiver nada vou à mercearia ou supermercado mais próximos e compro-a.

Fazer disto um hábito não é difícil e evita que se caia na tentação do croissant, do "pãozinho" ou do (inocente) queque!!!

Provavelmente, o facto de não ir nas modas dos suplementos leva a que demore mais tempo a ver os resultados dos treinos, mas eu não me importo. Pouco a pouco já me sinto melhor e se esperei até aos 42 para começar a praticar exercício, posso esperar mais um pouco até que tudo esteja no lugar. Já sei que não irei ficar com um rabo pequeno, uma barriga lisinha ou umas pernas esguias. Temos pena! Ficarei o melhor que me for possível!

Esta "receita" serve para mim. Apenas. Não é nenhuma fórmula universal - até porque essas não existem apesar de haver quem queira fazer parecer que sim. E por falar em modas e em especialistas sem canudo aconselho-vos a ler este artigo: Why we fell for clean eating?

Pano p'ra Mangas

2 comentários:

  1. Acrescento só um punhado de frutos secos e sempre a água de Monchique (alcalina).
    É o que eu faço.

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  2. Sugiro-lhe que "estude" sobre alimentação paleo/low carb. Barato, natural e saudável :)
    Maria

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