Doze carimbos preenchem o meu cartão do ginásio. Quase nem acredito nisto! É uma espécie de estranheza com felicidade e incredulidade, tudo em simultâneo. Como é que isto aconteceu? Às vezes acho que nem eu sei bem..
Levei anos a fio a dizer que a última coisa que faria na vida era frequentar um ginásio. Dizia para mim mesma coisas como "Que horror!, "Que seca!", "É só gente a exibir corpos!", "Uhhgghhh!"
Olhem...como diz o ditado, "pela boca, morre o peixe!"
Apesar do ballet, com o peso que perdi, aliado ao factor idade, eu tinha o corpo muito mole, especialmente na zona interior das coxas. E não gostava de me ver ao espelho sem roupa... Ainda não amo, mas já gosto...quer dizer, tolero. Eu nasci com as pernas gordas e uma anca de alguidar - o que é que hei-de fazer? Nunca, em tempo algum terei espaço entre as coxas! Nunca chegarei à perfeição, exigida pela Virginiana que existe em mim, mas irei fazer o melhor que puder.
Antes de me inscrever num ginásio, andei a sondar as hipóteses, até que fui ver um que fica a menos de um minuto - a pé - da minha casa. Aqui não teria a desculpa do estacionamento, nem da distância, nem da chuva, nem do calor, nem de nada!!!! Assim, depois de o ter visitado, inscrevi-me - Sábado, dia 13 de Maio (...afinal, milagres acontecem eheheh). Comecei na segunda feira seguinte, dia 15.
Ao início custou-me. Ainda tinha aquele ódio de estimação a pairar na cabeça. Com o tempo e com a minha persistência as coisas foram mudando. Fui, muitas vezes, em sacrifício, só porque sentia a obrigação de ir. Já o disse aqui que levei seis meses até começar a gostar de praticar exercício físico. Sim, seis meses - há a teoria de que levamos 21 dias a adquirir um hábito, não é? Tretas! Qual 21 dias, qual carapuça...foram 6 meses, certinhos. Vou, por norma, 3 vezes por semana - e quando me inscrevi achava que só iria uma a duas vezes, nunca mais que isso - , às quais acrescento duas aulas de ballet.
Já tive vários planos de treino. Os dois últimos foram desenhados pelo mais recente PT que, por mera coincidência, eu conheço desde miúdo, pois é irmão de uma grande amiga. Não é para lhe dar qualquer tipo de graxa, mas a verdade é que são os planos que mais gosto, com excepção do remo, e que têm sortido mais resultados. Obviamente isso ainda me motiva mais. Não tenho um PT particular, pois não ganho para tal, mas o acompanhamento quer do António, quer do João sempre presentes e a dar-me indicações do que estou a fazer bem ou mal têm sido importantes e muito motivadores.
Não ando por lá a levantar quilos e quilos de halteres e pesos. Os exercícios são variados, persistentes e são um mix de cardio com musculação - sem grandes pesos, já o disse (acho que entre barras e halteres, o máximo que carrego são uns 10kg...). Estou também a aprender a correr...mas ao fim de 5 minutos já estou de língua de fora eheheh
Não ando por lá a levantar quilos e quilos de halteres e pesos. Os exercícios são variados, persistentes e são um mix de cardio com musculação - sem grandes pesos, já o disse (acho que entre barras e halteres, o máximo que carrego são uns 10kg...). Estou também a aprender a correr...mas ao fim de 5 minutos já estou de língua de fora eheheh
Quem diria...41 anos sem levantar o rabo da cadeira e, de repente, resolvo fazer ballet e um ano e meio depois dá-me na cabeça em ir para um ginásio. Os deuses só podem estar loucos!!!
Feitas as contas, o que já dispendi neste tempo dava para ir fazer uma pequena viagem, comprar uma mala de marca ou até um computador novo, mas prefiro ver isto como um investimento no meu bem estar físico e mental a longo prazo. É, também uma questão de saúde e não só de vaidade.
O ballet continua a ser o meu AMOR MAIOR, mas os treinos também já têm um papel importante na minha vida. Se, neste momento, tivesse de abdicar de um deles, acreditem que já teria dificuldade em escolher e por razões muito diferentes. Contudo, o ballet ainda sairia vencedor nesta luta sem ringue.
A mensagem que vos quero deixar é que nunca é tarde para começar e que quer que seja. Deixem os complexos para os outros - para aqueles que ficam a olhar de lado e a desejar estarem no vosso lugar. Eu não sou mais do que os outros, mas acreditem que se eu fui capaz, qualquer um de vós também é.
Pano p'ra Mangas
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