Raramente tenho a oportunidade de ter em mãos flores realmente bonitas. Não é que não as possa, de vez em quando, ir comprar, mas aqui na terrina elas não estão disponíveis e à vontade do freguês. Dou-vos um simples exemplo: no Dia da Mãe quis comprar peonias...fui a quatro floristas que tinham as portas abertas e com filas até à entrada. Em nenhuma delas havia peonias ou nada que fosse diferente. Apenas gere eras, cravos e rosas... Até podem achar que estou armada em mete nojo, mas dessas flores há sempre a rodos. São demasiado normais. São bonitas, mas bolas... NÃO!
Para comprar peonias ou hidrangeas, por exemplo, tenho de as encomendar com uns dias de antecedência no fornecedor e, no mínimo, elas vêm aos molhos de 5 ou 10 pés.
Ontem tive uma oportunidade, dessas raras, de ficar com algumas das minhas flores preferidas e que tinham como destino o lixo. Oh que desperdício! Levei-as para casa, com a devida autorização, e estive quase duas horas a separar o que seria para deitar fora daquilo que queria aproveitar. No final, fiquei com as mais lindas peonias, crisântemos (a flor do amor, sabiam?), algumas rosas e meia dúzia de cravos, entre outras.
A minha afilhada ganhou uma peonia. A minha vizinha, ainda contra a sua vontade, lá ficou com uma jarra de flores e as restantes encheram-me a casa. Até o meu atelier do chão às bolas foi premiado com um pequeno arranjo.
Quase de certeza que não cumpre as regras do que deve ser um arranjo floral. Se calhar nem devia ter esse nome, mas eu fi-lo para mim é gosto dele. Aproveitei as flores tal e qual como elas estavam, sem cortar pés ou ajustar tamanhos. Amanhã mudo-lhes a água para durarem mais tempo (esta é a regra que não quebro).
Eu gosto de flores. Não tenho muito jeito para a coisa, mas gosto. Haverá alguém que não goste?
Pano p'ra Mangas
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