quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Um problema de peso


Não será tanto um problema, mas sim uma verdadeira guerra, ou se quisermos usar um eufemismo, poderá ser considerado um desafio. Quando em 2015 abracei o desafio - aqui está o dito eufemismo - de perder peso, tive a ilusão de que seria para sempre. Nada menos verdadeiro! Eu engordo com o ar, especialmente se ele vier acompanhado de pão e comidinhas boas.. Estou a falar do ar, não se esqueçam. Esse é que engorda, especialmente em meses de ventania!

Ora bem, de tudo o que perdi já recuperei alguns quilos o que me deixa altamente frustrada, pois não quero voltar a ter cara de lua cheia nem rabo de elefante - e não me venham com a história de que tenho de me aceitar como sou. Ora bolas! Se eu posso e eu quero construir uma versão melhor de mim mesma, porque me hei-de contentar com o que tenho? Não! Recuso-me!

E neste processo todo, o Inverno é-me muito mais favorável. Porquê? Porque não há tantas tentações à mão de semear como agora. Tudo começa com um copo ao final do dia e esse copo estica-se a outro copo e depois vem o petisco, e provavelmente vem mais outro copo... Quando dou por mim já descarrilei não só uma carruagem, como o combóio inteiro! É que não há semana em que não haja um programinha destes. Sabe bem. Ai se sabe! E eu não digo que não! Devia, não é? Mas não digo e por uma simples razão: durante os anos em que sofri de urticária, privei-me de uma parte importante da minha vida que foi estar com os amigos e ter vida social  e à custa disso sinto que perdi momentos e pessoas que já não são recuperáveis. 

Durante o Inverno passado tive a preciosa ajuda da Dra. Inês, que vigiou de perto a minha alimentação e consegui perder algum peso. Correu tão bem que não só vi resultados na balança, como também nas análises que a minha médica de família me pediu. Contudo a chegada do tempo quente veio estragar tudo, especialmente Julho que foi de chorar - e não foi de chorar por mais! No início do mês tive uma consulta em que achei que tinha perdido peso e medidas, mas a balançca e a fita métrica disseram exactamente o contrário. Saí do consultório tão frustrada... E em que é que dá a frustração? Comer, pois então! Ahhhh, como eu adorava ser daquelas pessoas que por tudo e por nada fica sem fome, que não gosta de comer ou que até se esquece de o fazer! (sim, eu sei que isto não é saudável...é apenas um devaneio).


Este mês de Julho deixou marcas: estou mais redonda, não posso olhar para a minha barriga e o rabo pesa-me que nem chumbo. Felizmente já passou. O Mercúrio já não está retrógado. Eu já me sinto com ânimo para vestir a armadura e pegar na espada e, as coisas vão entrar nos eixos. Para me inspirar fui à estante buscar um livro já com algum tempo e reuni todas as prescrições da Dra. Inês. No final do mês marco nova consulta e até lá vou tentar ter algum cuidado e não descurar as idas ao ginásio, que aliás, têm sido muito importantes para manter a máquina atracada às carruagens do comboio.


Ainda assim devo confessar que hoje não teria a determinação que tive em Maio de 2015. Sinceramente ainda não sei onde a fui buscar... ao Universo, talvez. Vamos lá; insiste, persiste e não desiste! Estou à beira dos 45 - certamente a segunda metade da minha vida - e quero vivê-los de sorriso feliz no rosto, nos olhos e na alma. É apenas isto que eu quero e esta questão de peso é, neste momento, parte deste ser feliz.

Pano p'ra Mangas

2 comentários:

  1. Bom dia Margarida!
    Sempre que o assunto é perda de peso... tenho que comentar!!!
    Estou com o mesmo problema!!! Depois de ter iniciado uma dieta à 4 anos, onde cheguei ao meu peso ideal que consegui manter durante 3 anos, neste ano letivo descarrilei completamente... e voltei ao peso que tinha antes da dieta... e a roupa deixou de me servir... e estou fula comigo por me ter deixado chegar a este estado... (não me estou a comparar com ninguém, mas não gosto do que vejo ao espelho nem de me sentir assim inchada) porque estou sempre a adiar as restrições, era para Janeiro e já estamos em Agosto... Enfim, sei onde falho mas não estou a conseguir alterar isso, ambas sabemos que o problema é sempre a motivação ou a falta dela... Enfim, força nessa luta, desistir não pode ser a opção!
    Beijinhos!
    Sara Grilo

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  2. Força Margarida,
    Sofro do mesmo problema perdi mt peso há alguns anos e hoje em dia ando comendo mais do que devia. Mais Uma filha, cansaço, hidratos de carbono a toda a hora e agora queixo me.
    Ando desmotivada mas o espelho não mente e sim com 42 anos quero mais é me sentir bem comigo.
    Está na hora.
    Bj e obr pela partilha
    Lulu

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