Quase por acaso fiquei a saber que a Rita viria a Portimão para dois workshops de "gordices". A mãe que é super-fã dela ficou entusiasmadíssima e depois de muitas indecisões decidiu que iria fazer o de Sobremesas Rápidas e Fáceis, pela hora e porque ainda não explorámos convenientemente o livro Sobremesas 5-5-5.
Perguntarão: tendo o livro, valerá a pena o workshop? Vale sempre a pena! Aprende-se sempre qualquer coisa - há dicas, ideias, truques que são partilhados entre quem participa, que deixa cada um mais rico à saída do que no momento em que entrou na sala de formação. Acreditem que me arrependi de não me ter inscrito no de Gelados, que decorreu de tarde, apesar de no ano passado ter feito imensos gelados do primeiro livro da Rita : A Vida Secreta dos Gelados Caseiros. O próximo não me escapa!
Obviamente quem hoje meteu a mão na massa fui eu e fiz umas bolachas recheadas, que têm como base uma massa de bolachas de manteiga à qual se acrescenta um pouco de compota. O resultado é: delicioso! Ao contrário do que aconteceu com os gelados no ano passado, que os fazia e nem sequer lambia a colher, hoje concedi-me o abuso de provar as bolachas - agora vou ter de esquecer onde estão guardadas, caso contrário vai ser difícil resistir à tentação. Documentei o processo com fotos (algumas desfocadas, ou focadas no sitio errado - é que cozinhar com uma mão e fotografar com a outra não é pêra doce!!!)
Podem seguir a Rita Nascimento no blog, no youtube - onde às quintas-feiras há videos novos com receitas diferentes e super divertidos, no instagram e no facebook. E para quem não sabe, a Rita tem uma aliada de peso, a Cristina. E o que acontece quando duas pessoas que explodem talento e criatividade se juntam?
Fazer
uma refeição completa ao jantar é algo quase impensável, mas perante o convite
para experimentar o benjamim da “familia” Parrilla,
o Wild
Fire na Vila Sol (Quarteira-Vilamoura), esqueci o impensável e
tornei-me WILD num dia quente como FIRE .
Quem
aqui vem com a ideia de que é mais um “restaurante de bifes” – no sentido lato
da palavra, isto é, carne! – está redondamente enganado. Sim, os bifes
estão no
menu e são parte importante do mesmo, mas não estão sozinhos pois há pratos
para os mais variados paladares – não tendo sido os vegetarianos esquecidos (o
risotto de arroz selvagem fumado é, simplesmente, divinal!).
Ao
analisarmos o menu percebemos que grande parte dos pratos aqui servidos ou é
grelhado, ou fumado ou assado e fumado. Sim, assado e fumado! Esta é uma –
entre várias – característica que afasta o Wild Fire das habituais
steakhouses e o torna ainda mais especial. Tudo pode ser fumado: carne,
peixe, legumes, frutas (a que é que vos soa “morangos fumados”? pode parecer
estranho mas é mesmo muito bom!).
Além
deste factor, digamos, “exótico”, há outros que marcam a diferença:
- no que diz respeito aos alimentos, quer a carne bovina vinda do
Uruguai é de produção biológica certificada (“never ever” é o lema deste
grupo o que significa que carne provém de animais criados ao ar livre que nunca
receberam hormonas, factores de crescimento ou antibióticos). Quanto aos
restantes alimentos - do mar e da terra tenta-se que seja tudo o mais natural
possível.
- por muito que procurem há algo que aqui não vão encontrar; algo
tão comum no nosso dia-a-dia que até causa estranhamento: microondas! (pensavam
que ía falar da Bimby? Wrong!!!)
- há uma zona exclusiva para crianças, onde estão sempre presentes
duas animadoras que olham por elas e as mantêm ocupadas com desenhos, filmes,
pinturas faciais, … Familias são bem-vindas e não precisam de vir com iPads e
afins para ocupar os filhos, uma vez que estão previstos entretenimentos muito
mais criativos.
- o serviço de excelência,
que começa ainda antes da chegada ao restaurante (durante a tarde, a central de
reservas telefona aos clientes para confirmar a presença nesse dia), passa pelo
acolhimento na recepção e prolonga-se até à despedida. Previsão e antecipação
são duas palavras que fazem parte desta equipa para que qualquer cliente, a
qualquer hora, em qualquer mesa tenha sempre o melhor serviço. Todos primam
pela simpatia e cordialidade e posso até dizer que os sorrisos fazem parte do
menu de uma forma muito natural.
A noite estava quente, por isso tinha uma mesa reservada no
terraço e olhando à volta este é um espaço que faz jus à expressão al
fresco fine dining . O ambiente é smart casual (por favor, não
apareçam lá de chinelos de praia…) e a música ao vivo dá-lhe um ar ainda mais
agradável. Existe uma zona lounge onde se pode estar antes ou depois do jantar
e saborear um dos deliciosos cocktails preparados no bar. Recomendo o Mojito
Apasionado ou um Martini Cocktail.
Já com a carta na mão as
minhas papilas gustativas entraram em acção. Escolhi peito de pato. Para
acompanhar um delicioso arroz selvagem e uns legumes - tudo isto,
directamente do josper
para o prato. Fiquei tentada pelas batatas fritas, mas achei melhor esquecê-las
- afinal tinha de ter barriga para uma sobremesa (Baked Alaska foi a minha
escolha: gelado de baunilha caseiro, compota de morango e pão de ló, tudo
assado no forno com suspiro...e quem suspira sou eu!)
Quando os pratos começaram a chegar à mesa fotografei-os, não só
para os recordar, mas também para vos mostrar que não estou a mentir.
Hei-de
lá voltar no Inverno, num dia frio e chuvoso pois o interior é altamente
apetecível. A decoração é moderna e acolhedora - as cores, os materiais, as
formas, a luz - e quero fotografar a lareira acesa (parece-me uma boa
desculpa…).
Só
para terminar este já longo post, quero agradecer ao Wildfire pelo convite,
por toda a amabilidade e carinho com que fui tratada. Gostei. Gostei imenso! E
quem me conhece sabe que se eu não tivesse gostado não teria escrito nem metade
- sendo que fica muito mais por dizer. Para ficarem a saber mais terão de lá ir
e viver esta experiência.
...e porque as fotos são mesmo muitas, compilei mais "meia dúzia" no slideshow
abaixo. Se ainda estiverem por aí e tiverem paciência, deliciem-se!
Créditos das imagens: umas são minhas e outras da minha partner in crime - a minha irmã, pois estando cá de férias, acompanhou-me nesta experiência, pois se não fosse ela e com ela o PpM não existiria. Obrigada, mana ❤