quarta-feira, 13 de novembro de 2013

In between

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Nos últimos anos tenho-me perguntado muitas vezes qual é a minha profissão e a resposta divide-se, dependendo do meu estado anímico, entre uma folha em branco com um gigante ponto de interrogação no meio e uma confusão de palavras como secretária, professora, crafter, blogger e, mais recentemente, coach. E se profissão é aquilo que assegura um salário ao final do mês aí então é que a confusão é maior! E no meio desta balbúrdia, há momentos que sinto uma necessidade imensa de assinalar o quadradinho certo de um qualquer formulário, especialmente se no fim da lista das profissões não vier a opção "outro". Outros há que me deixo ir ao sabor da brisa...
Se tivesse continuado em Londres não teria qualquer pudor em asumir-me como blogger, coach e acima de tudo criativa, mas por cá, fazer uma afirmação do género ainda é algo que soa mal e provoca zum-zuns e olhares de despeito. Não acreditam? Experimentem a fazê-lo! 


... sabem o que é que este post está a pedir? Uma sessão de auto-coaching. Por isso vou e já volto :-)
Mas de uma coisa eu tenho a certeza: eu faço aquilo que gosto!

For the past years I've been asking myself what is my job and, depending on my mood, the answer may vary between a blank paper with a giant question mark on it anda scramble of words as secretary, teacher, crafter, blogger and more recently, coach. And if a job is where you get your income from, then I'm a complete mess! There are days when I feel the need of ticking the right box from the job's list on any form, especially when I cannot find the option "other" at the end. There are otheres when I just go with the flow...
If Ihad stayed in London I wouldn't have had any problems stating that I was a blogger, a coach and above all a creative, but around here it's not that easy - it just doesn't sound right and people talk on your back "ohhh, poor one...". Can't believe what I'm saying? Try saying it!

... and do you know what this post is asking for? A self-coaching session. Therefore I'm on my way :-) But there's one thing I'm certain about: I do what I love!

Pano p'ra Mangas

10 comentários:

  1. Este espírito de que tens que ter uma profissão definida é uma coisa muito nossa (tuga)... como se nos medíssemos pela profissão... O importante é isso que dizes: fazes o que gostas!

    Para mim o complicado é exercer uma profissão cuja descrição (de funções) escapa a muita gente... acham sempre que me estou a armar ao pingarelho, quando no fundo não é nada disso...

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  2. Poder fazer o que mais se gosta é o melhor que se tem. Ser-se despeitado por isso é, muito triste. O melhor de tudo é não ligar e assumir que somos felizes. Continue Margarida! bjs

    Ana Teresa

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  3. Margarida

    Se fazes aquilo que gostas. O que interessa o que os outros pensam?

    Ai ai estas mesmo a precisar desse auto coaching ....

    Força Jovem x

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  4. Como te entendo ... É urgente mudarmos mentalidades! Mas não desistas, o mais importante já tu tens dentro de ti. Dias melhores virão (quero tanto acreditar nisto).

    Ligia

    xx

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  5. A resposta que ia aqui escrever apareceu no final do post, pois claro que o que interessa é que te sintas realizada! Bjs grandes p.s: UM DIA vais poder dizer a toda a voz que és criativa, crafter, coach.....e vai ser normal como devia ser!

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  6. Infelizmente por cá há muitas profissões que provocam zum-zuns e olhares de despeito, acredita. O facto de gostares do que fazes, ou de poderes fazer o que gostas e ainda ganhar a vida desse modo é perturbador para muitos. Talvez por parecer um previlégio, mas que poderá estar ao alcance de quem procurar. Eu tive muitas profissões e empregos antes de encontar esta que exerço há já 20 e tal anos, e que é a que me realiza. Faço o que gosto e faço-o com orgulho e dignidade. Mas continuo a ficar magoada com os preconceitos, as invejas e os meios silêncios que recebo ao responder que sou assistente de bordo. E de facto é só cá na terrinha que assisto a esse tipo de reacções... Se calhar também preciso de uma sessão de coaching... :-)

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  7. É por essas e por outras dúvidas que eu preciso tanto de coaching...
    E na hora de por isso num papel chamado CV??
    E na hora de estabelecer prioridade e definir objectivos claros??

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  8. E é tão bom fazer o que se gosta!

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  9. Estou com a "Maria Carmim" ! ;)
    Também sofro de problema semelhante quando me perguntam qual a minha profissão.
    Mas no que diz respeito ao mundo das profissões o meu maior problema é não saber o que gostaria de fazer verdadeiramente... :(
    Este assunto dava "pano pr'a mangas" ;)!
    Beijinhos

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  10. Neste país sofre-se disso sim.
    Existem muitos preconceitos em relação a certas profissões.
    Continua-se a desvalorizar os ofícios e basta ser licenciado para atribuirem um estatuto que muitas vezes não se tem.
    Sinto isso quando digo que ando em aulas de costura. E de pessoas que nos seus tempos livres nada fazem.
    É pena que ainda seja assim.
    Acho que o importante é continuar a lutar por fazer o que gosta. Nem todos têm essa coragem.

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